quinta-feira, 28 de julho de 2016

Glintt – Powered by Talent

Recentemente, tive a oportunidade extraordinária de visitar a Glintt (Global Intelligent Technologies), uma empresa que realmente me marcou em diversos aspetos.

Primeiro que tudo, a Glintt localiza-se no Beloura Office Park, um parque repleto de empresas e no qual realmente se “respira negócios”. Para além disso, as próprias instalações da empresa em questão são majestosas. Exteriormente, sentimos que nos estamos a dirigir a uma organização de qualidade e, interiormente, tudo é confirmado, como terão oportunidade de constatar nesta composição.

Tive uma sorte incrível nesta visita: três profissionais da empresa estiveram a conversar diretamente comigo e, sem qualquer dúvida, isso traduziu-se numa manhã particularmente excecional.

Começando pela Ana Rita Madeira, que foi a primeira pessoa com a qual contactei e que atualmente desempenha a função de Recruiter, ela principiou a visita explicando-me que a firma Glintt nasceu de uma fusão entre a Consiste (companhia da área da Saúde) e a ParaRede (entidade ligada com engenharia), no ano de 2008.

A Ana mostrou-me as instalações de fio a pavio, sempre com boa disposição e com um notável conhecimento acerca da história e do funcionamento da empresa. Tive a chance de ver o auditório onde normalmente ocorrem as reuniões com os acionistas (a Glintt é uma empresa cotada na Euronext Lisbon), o refeitório da Glintt (dos poucos que, estando dentro do Beloura Park, está aberto a todas as entidades aí residentes) e de ver todos os departamentos (produção, apoio ao cliente, apoio ao call center das farmácias, R&D, Marketing, Consultoria, Tecnologias, parte administrativa, entre outros ) e a forma como lá se labora. Desde logo dois aspetos na empresa captaram-me a atenção: um “Hall of Fame”, na entrada da mesma, em que eram refletidos diversas ideias de colaboradores que tinham sido, posteriormente, postas em prática e um quadro onde estava descrita, com recurso a desenho e pintura, a história da empresa, desde a fusão supracitada até ao que se pretende futuramente alcançar.

Debruçando-me sobre o primeiro aspeto, a Ana explicou-me que, na Glintt, todos os colaboradores têm liberdade e são motivados para fazer sugestões que possam melhorar a própria empresa e/ou o dia-a-dia dos seus trabalhadores. Isto reflete-se numa valorização incrível de todas as equipas que, mesmo sendo constituídas por jovens, são totalmente ouvidas e, por isso, incitadas a lançar as suas ideias.

Relativamente ao segundo tópico, após a fusão realizada há 8 anos atrás, a Glintt tem vindo a caminhar rumo a uma uniformização de todos os procedimentos, (sejam healthcare, banca, etc) de forma a se proporcionar uma movimentação de recursos mais facilitada. Atualmente, a Glintt está a ser reestruturada e, como a Ana disse, “ a mudança não se faz de um dia para o outro”. No entanto, com metas bem definidas e com a vontade e o esforço necessários, nada é impossível.

À medida que ia percorrendo a empresa, fui reparando em diversos aspetos fantásticos: todo o pessoal, desde as pessoas que ocupam os cargos mais elevados até aos funcionários que ainda estão no início da sua carreira, labutam numa ótica de open space. Para além disso, existe uma área de Desenvolvimento de Negócio para cada mercado (algo relativamente recente na empresa), o que demonstra a preocupação em inovar constantemente e em romper com os produtos vigentes no mercado.

Desenvolvendo o que foi supracitado, para que ocorra a criação de um novo produto, há sempre uma série de passos a percorrer. Inicialmente, há todo um estudo de mercado que precede qualquer procedimento desta área. Seguidamente, procura-se identificar quais as necessidades que o mercado apresenta, como se poderá suprir essas mesmas necessidades e se haverá retorno ou não.

Detalhando agora algumas informações relativas aos departamentos referidos anteriormente, no de Marketing, por exemplo, procura-se, sobretudo, estruturar a imagem da entidade aquando da divulgação dos seus produtos. No domínio da consultoria, neste caso, a consultoria de gestão de farmácias, utiliza-se a metodologia de Kaizen (para quem não está familiarizado com este termo é uma metodologia que, muito resumidamente, permite baixar os custos e melhorar a produtividade). Em Healthcare, a vertente consultora procura dar auxílio à implementação de projetos, sendo que a grande maioria dos seus colaboradores são provenientes da área da saúde, de forma a conseguirem dialogar na mesma “linguagem” usada pelos médicos. Nesta área os mercados externos são abundantes, destacando-se a Irlanda, Reino Unido, Brasil, França, Angola, Benelux, entre outros. Na área mais tecnológica da entidade o objetivo é o desenvolvimento de soluções consoante a necessidade dos clientes, sendo que para tal recorre-se aos sistemas Oracle, Java e Outsystem. Já a parte administrativa, responsável por dar apoio ao CFO e ao CEO, localiza-se perto dos diretores das ofertas e dos diretores de mercados, estando toda a parte corporativa reunida nesta divisão. Para vos terminar a “visita guiada”, falta ainda dizer que no edifício existem também a HMR (Health Market Research) e a FarmInveste Serviços,  empresas do mesmo Universo Empresarial da Glintt.

Passando agora ao diálogo fascinante que tive com a Patrícia Valente, Human Resources Director na Glintt, a Patrícia começou por me elucidar quanto ao seu percurso profissional. Segundo a própria, este foi um caminho pensado e com muitas decisões pelo meio, repleto de disponibilidade para ouvir e para ser uma autêntica “esponja” de informação, sem nunca descurar a vontade de aprender e a capacidade de mudar e de se adaptar. As empresas valorizam pessoas que saibam esperar pelas oportunidades, que estejam a par do que está “na moda” e que conheçam os métodos praticados nas melhores organizações. A Patrícia tem conseguido entregar isso por onde tem passado e daí o seu percurso ter sido sempre em crescendo.

A HR Director desta belíssima firma confessou-me que, apesar do seu dia ideal ser, na teoria, 80% planeado e 20% imprevistos, na prática, é exatamente o contrário que ocorre. Num dia dito normal, trabalha sempre mais do que as 8 horas “estipuladas” pela sociedade e, ao longo do dia, não se assusta se perde tempo a ler uma notícia porque sabe que, no futuro, ganhará muito mais tempo por se ter previamente informado. Procura que o seu departamento coexista na empresa numa ótica de porta aberta, sempre com a máxima transparência possível. No seu ponto de vista, os RH devem conhecer todas as áreas e as diferentes realidades de cada uma. Porém e, segundo a mesma, gerir as pessoas não é “ownership” do departamento de RH, é uma responsabilidade de todos na companhia.

Relativamente a outras empresas onde já havia laborado, destaca o uso muito menor do telefone: na Glintt, quando precisa de falar com algum indivíduo, simplesmente dirige-se a essa pessoa e fala com ela diretamente. Nomeia como principais desafios da Glintt a necessidade da companhia se manter atualizada do ponto de vista tecnológico e de conhecer a fundo as operações comerciais dos clientes de forma a permanecer um incontornável parceiro de negócio. Considera que o mercado tem potencial para crescer, uma vez que a Glintt associa dois setores de crescimento e investimento no futuro: saúde e tecnologia.

Quando lhe inquiri acerca do perfil ideal para laborar na Glintt, a Patrícia descreveu-me uma pessoa com elevado conhecimento técnico (de forma a que a empresa mantenha a qualidade dos serviços), com espírito de iniciativa e com um “radar” abrangente, que seja capaz de perceber o que o cliente precisa mas, muito mais importante do que isso, que saiba explorar o que o cliente não verbaliza. Além disso, a proatividade e a capacidade de ser destemido na dose certa também são pontos que referiu como fulcrais.

No que respeita à estratégia da organização em termos de expansão internacional, o objetivo da Glintt é, com tomadas de decisões muito estruturadas e estratégias muito bem pensadas, crescer lá fora. “Sky is the limit” mas sempre com muita estratégia. Esta ambição é sustentada por terem vindo a responder continuamente às necessidades dos clientes e a alcançar ótimos resultados nos países onde atuam.

A Patrícia afirmou ainda que, neste meio, muito mais difícil que gerir o insucesso é gerir o sucesso. Quando não somos bem sucedidos, cabe-nos a nós analisar o porquê e trabalhar mais, com vista a ultrapassar as adversidades. Já quando estamos no topo, o único caminho que existe é descer e por isso manter uma empresa na posição de nº1 é uma tarefa muito complicada nos dias que correm, marcados pela intensidade competitiva cada vez maior.

Fazendo agora alusão às oportunidades para jovens que a Glintt oferece (na qual se destaca a academia Glintt, a única incubadora profissional do mercado) e mais concretamente ao perfil de jovem procurado, a Patrícia começou por dizer que é sempre difícil avaliar as soft skills nos jovens que se candidatam, uma vez que, na grande maioria, estes ainda não apresentam experiência profissional. Nesse sentido, irá então procurar-se nos candidatos indícios de iniciativa, muita vontade, sagacidade e acima de tudo desejo de trabalhar! Nesta altura, abordei a já conhecida questão das médias: são elas o grande passaporte para o mercado de trabalho? A Patrícia respondeu que, para ela, naturalmente que uma boa média e uma boa faculdade deixam antever algo, mas não é tudo. Afinal, uma média apenas lhe é útil para avaliar o esforço realizado ao longo do curso. Prosseguiu dizendo : “Valorizo muito alguém que tenha noção do que se passa à sua volta: que leia um jornal, que esteja a par do que está a acontecer pelo mundo, que consiga manter uma conversa, que seja uma pessoa informada”. Nestas realidades cada vez mais numéricas, é realmente uma lufada de ar fresco ouvir esta frase proferida por esta profissional fenomenal.

A nossa conversa continuou, desta feita discutindo a atuação da Glintt no mercado farmacêutico. Neste, a Glintt é claramente um projeto de chave na mão (ou seja, dá resposta a todo e qualquer pedido das farmácias). Recentemente a Glintt lançou o Profiler, uma solução versátil e dinâmica que permite uma gestão multicanal e posiciona as farmácias na era digital, numa parceria entre a Glintt e o seu maior acionista, a ANF - Associação Nacional de Farmácias. Segundo a HR Director desta empresa, este é o tipo de investimento realizado na Glintt, que traduz a preocupação em melhorar a vida dos utentes com o auxílio da tecnologia.

Questionei ainda a Patrícia acerca da BPM Conference Portugal (uma série de conferências sobre os novos cenários de competitividade que resultam da transformação digital, que contam com grandes oradores) e do porquê da Glintt ser um dos conference partners. Foi-me esclarecido que, com esta ação, a Glintt procura alcançar novos potenciais clientes, bem como ganhar visibilidade e mostrar o que faz, para além de ser uma oportunidade de se manter atualizada, devido ao vasto conhecimento trazido pelos oradores.

Numa questão um pouco mais pessoal, relacionada com a faculdade que frequento, o ISCTE-IUL, a Patrícia afirmou que de facto, para gestores e psicólogos, o ISCTE é uma faculdade target para ela.

Por último, a Patrícia descreveu-me o ambiente atual vivido na Glintt e a reestruturação que está a ocorrer. Começou por afirmar que passaram de uma estrutura muito hierarquizada para uma estrutura matricial e disse ainda que a Glintt procura ser um espaço acolhedor, onde há um bom tratamento dado aos seus colaboradores, uma vez que este bom tratamento irá iniciar um ciclo “vicioso”. Bom tratamento gera satisfação e motivação nas pessoas, que por sua vez irá repercurtir-se na qualidade do seu trabalho, trabalho este que será reconhecido pelos clientes o que irá originar a entrada de dinheiro, que é sempre vital para qualquer empresa.

Na Glintt, como é percetível pelo meu texto, há uma enorme preocupação em proporcionar todo o tipo de condições aos trabalhadores, com vista a reter os grandes talentos, a delinear com eles um plano para que progridam na carreira e para que as suas competências evoluam. A título de exemplo e uma vez que a Glintt se situa em Sintra, esta entidade tem dois autocarros que têm como função levar e trazer as pessoas de Lisboa no percurso casa-trabalho e trabalho-casa.

Uma das vontades demonstradas pela Glintt é não haver uma Glintt Lisboa e outra Glintt Porto, mas sim existir apenas uma única Glintt. É esta a ideia que a comissão executiva quer implementar e daí a mudança para uma estrutura do tipo matricial e a realização de diversas ações de team building ao longo do ano.

Por último, troquei impressões com o Sérgio Leote, HR Coordinator, que chegou à Glintt no dia 1 de Junho, recrutado justamente pela Patrícia. Começou por falar da mudança de paradigma que ocorreu devido à reestruturação (que, para ele, fez todo o sentido) e considera que labora numa corporação com elevado potencial e bastante pragmática. Na sua opinião a Glintt separa-se das demais entidades do mercado por oferecer soluções com diversos pontos em comum nas mais diversificadas áreas.

Apesar de ter chegado a esta organização há sensivelmente 2 meses, sente-se muito bem acolhido e aprecia que os RH estejam realmente próximos do negócio, que procurem apoiar todos os departamentos, numa troca recíproca de feedback construtivo. Muitas vezes, quando se chega a uma nova organização, sentimo-nos perdidos e baralhados ou, como se ouve dizer, “andamos aos papéis”. O Sérgio admitiu que, naturalmente, sente que ainda demora muito tempo a efetuar tarefas ditas banais que futuramente fará em poucos minutos mas, em todos os outros aspetos sente-se já completamente integrado na realidade da empresa, o que é a todos os níveis notável!

A sua missão na Glintt será ficar responsável pelo recrutamento e retenção do talento, procurando dinamizar contacto entre perfis de recém licenciados e pessoas da companhia. Caso não aconteça a retenção ou caso alguém deixe a empresa, terá adicionalmente a missão de perceber qual foi o motivo para tal. Já vinha habituado a laborar numa ótica de open space e fez uma breve análise a este método de trabalho. Para o Sérgio, há prós e contras: como prós, o facto de haver criação de sinergias e partilha de conhecimento; como contras o sigilo e o barulho. Porém, na Glintt, afirmou ainda só se ter deparado com os prós, pois, apesar das semelhanças, este tipo de open space praticado por esta firma é mais confinado que as outras pelas quais tinha passado e, não obstante, o respeito entre os colegas e o espaço pessoal dos mesmos é uma constante.

Com esta redação foi visível alguns pontos em comum nas três opiniões mas talvez o mais evidente seja a valorização humana que reina nesta empresa. Uma prova para muitos e que virá seguramente desmistificar a ideia que se têm de que, por vezes, quanto maior a empresa, menor a proximidade que existe entre os seus trabalhadores. Pelo contrário, nesta firma, todo o ambiente de companheirismo e de entreajuda é visível, até num simples glint dos olhos de cada um dos seus colaboradores.

Se quiserem saber mais alguma informação acerca da Glintt, visitem o seu site em:  http://www.glintt.com/

Um enormíssimo obrigado à Ana, à Patrícia e ao Sérgio por me terem recebido de uma forma tão simpática e tão cordial. Proporcionaram-me uma manhã a todos os níveis fenomenal e poder contar com as opiniões de três profissionais tão diferentes foi absolutamente extraordinário e certamente que enriqueceu este meu texto. Muito muito obrigado!

Até uma próxima leitura meus caros!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

L´Oréal – Porque você merece

Recentemente tive a oportunidade fenomenal de conhecer a L´Oréal e de dialogar com o Daniel Loivos dos Santos, Product Manager of Matrix nesta enorme entidade. Se, à partida, as minhas expetativas apontavam para uma empresa gigante, posso agora afirmar que, seguramente, todas elas foram totalmente correspondidas. E não me refiro a uma faturação de 22,53 biliões de euros em 2014 ou ao facto de empregar quase 80 000 pessoas de 156 nacionalidades diferentes. Isso também é característico de uma firma deste tipo, mas são os pormenores que fazem a diferença. Dentro do edifício da corporação, era tudo condizente com uma grande companhia: desde a segurança elevada (visível no cartão que me foi atribuído para simplesmente prosseguir pelas diversas divisões do edifício), até um enorme profissionalismo, que se extendia desde os seguranças até ao Daniel, todos os detalhes “enchiam as medidas”.

Iniciei a visita abordando a função do Daniel e o que esta implica: basicamente, trata-se de um gestor de um conjunto de produtos/categorias/marcas. Tem como responsabilidade principal gerir todo o fluxo que ocorre desde que um produto ou serviço é produzido até que é faturado: trata do lançamento, da parte da logística, da vertente financeira, da comunicação e de toda uma panóplia de imprevistos que possam suceder. Como irão perceber, é uma função bastante complexa e que envolve muita responsabilização, algo que, como ficará patente ao longo desta redação, entusiasma o jovem talento da L´Oréal.

O dia a dia deste profissional é tudo menos rotinado, o que torna o seu emprego muito estimulante. A título de exemplo, quando me recebeu tinha estado a definir os lançamentos para o ano de 2017, no dia anterior tinha reunido com os distribuidores com os quais opera e há uns dias atrás tinha tido reuniões com a imprensa. Com uma tão vasta mixórdia de funções, o Daniel afirma que nunca há tempos mortos e que simplesmente adora a responsabilização que o seu ofício tem subjacente, sendo das coisas que lhe dá mais gozo: ter que mostrar resultados!

De seguida dialogámos sobre o que o Daniel valorizava aquando do recrutamento para a sua equipa (mais uma tarefa que tem a seu cargo). Procura, acima de tudo, as chamadas soft skills até porque, na sua opinião, em áreas não muito técnicas (tais como Gestão e Marketing) as competências adquirem-se “on the job”. Para o Daniel, é preciso que um futuro colaborador demonstre ser desenrascado, que saiba gerir pressão, que se relacione com facilidade com as pessoas à sua volta, que saiba gerir muitas tarefas em simultâneo (todas elas de elevado grau de complexidade) e que mostre vontade em fazer acontecer. Na opinião do Product Manager of Matrix da L´Oréal Portugal, este último aspeto é o mais importante!

Nesta altura, inquiri-lhe acerca da forma como, na L´Oréal, percecionavam o ISCTE-IUL. O Daniel foi peremtório: todas as contratações mais recentes de que tinha conhecimento vinham da faculdade ISCTE-IUL, uma academia cada vez mais conotada.

Numa fase mais avançada da nossa conversa, falámos diretamente sobre a L´Oréal. Uma empresa caracterizada pela inovação (patente na vastíssima gama de produtos e de linhas que apresenta) e pela transparência (visível na troca de conteúdos que ocorre entre os colegas, internamente). Para o Daniel, a base da L´Oréal, antes ainda da beleza, é indubitavelmente a ciência. Algo que o surpreende é que, mês após mês, há produtos/serviços mais evoluídos do que no mês anterior, sendo que todos os processos que conduziram a esta melhoria se tornam cada vez mais rápidos, o que é de facto extraordinário!

Para além da inovação, o Daniel refere que o sucesso do grupo L´Oréal se prende bastante com o “fazer diferente” desta empresa, aliado à comunicação. A constante presença da L´Oréal em literalmente todo o lado enraiza esta marca no quotidiano dos consumidores, tornando-os mais propensos a consumir produtos/serviços da firma francesa. Para esse efeito, existem colaboradores da companhia conhecedores da realidade laboral de cada país que têm como função garantir que toda a comunicação é realizada de acordo com as leis vigentes em cada nação.

Dentro desta instituição ímpar, qualquer pessoa tem a noção do peso que esta entidade tem no mundo. Há sempre expetativas super elevadas por parte dos consumidores, não só devido ao status da marca mas também devido à história tão vincadamente fabulosa e admirável que esta corporação detém.

Algo que simplesmente me fascinou foi a ambição incomensurável que esta instituição apresenta, partilhada por todos os seus colaboradores. Exemplificando e, apesar da L´Oréal contar com todos os números sensacionais supracitados no parágrafo inicial, nesta firma não desistem de continuar a evoluir e têm como objetivo nos próximos anos obterem mais de 1 bilião de consumidores, criando produtos que vão ao encontro das necessidades e dos desejos das diferentes populações.

A L´Oréal possui provavelmente um dos melhores (senão o melhor) portfólio de marcas no mundo: L´Oréal Paris, Garnier, Maybelline, Kérastase, Essie, Vichy, La Roche-Posay, Lâncome, Giorgio Armani, Yves Saint Laurent, Ralph Lauren, Diesel, entre muitas outras. Esta excelência, segundo o Daniel, alcança-se da seguinte forma: é preciso saber ouvir o consumidor, para posteriormente dar resposta às suas  necessidades; mas, mais do que isso, é fulcral criar as próprias necessidades dos consumidores para, mais tarde, satisfazê-las! Nesta organização é realçado o caráter sustentável que procuram aplicar na conceção dos produtos. No grupo L´Oréal existem investigadores a trabalhar nesse sentido apesar de, em solo nacional, a empresa não possuir nenhum centro científico até à data.

Neste tipo de setor há 1 divisão essencial: por sexo. Enquanto que no sub-mercado feminino há 6 subdivisões (cuidados de pele, maquilhagem, coloração, cabelos, penteados e proteção solar), no masculino há apenas três (rosto, cabelo e desodorizantes), o que também é explicado pelo facto de a mulher ganhar mais na segmentação dos mercados de beleza e de cosméticos. A tendência será surgirem outros segmentos para homem, até porque o unissexo tem vindo a ganhar um lugar de destaque neste mundo. O Daniel afirma mesmo que o género masculino tem um potencial de crescimento neste setor inacreditável.

Relativamente às inúmeras oportunidades que a L´Oréal apresenta para o público juvenil (desde os estágios de Verão remunerados ao L´Oréal Management Trainee Programme), na opinião de Daniel Santos, as características transversais que permitirão aos jovens terem maior sucesso nestas mesmas iniciativas são a paixão, o gosto pelo mercado e o entusiasmo demonstrado. Depois, dependendo do posto para o qual se estão a candidatar, algumas das competências exigidas irão variar (a título de exemplo, caso estejam interessados numa função relacionada com Marketing, um pensamento mais criativo que o dos demais concorrentes será certamente algo diferenciador).

Quando lhe pedi para traçar o perfil de um colaborador que realmente “vista a camisola” da companhia, o Daniel não se fez rogado e descreveu-me um indivíduo ambicioso, extremamente atento às novas tecnologias, que gosta de estar à frente e que demonstra paixão pelo mundo da beleza. Para além disso, deve ser ainda perfecionista, preocupado com a sustentabilidade e ter o “fator X”: fazer acontecer!

Debruçando-me sobre um aspeto próprio deste tipo de mercado, questionei o Daniel acerca do retorno que as amostras traziam à firma gaulesa, uma vez que foi algo que sempre me deixou perplexo, confesso. Daniel Santos começou por me explicar que este tipo de ótica de comércio só faz sentido no mass-market e disse que, efetivamente, o retorno é sempre incógnito. Contudo, realçou o facto de as amostras serem um bom veículo para experimentar produtos novos. No mercado particular em que o Daniel atua (cabeleireiros) as amostras são excelentes para as pessoas experimentarem e perceberem o porquê dos produtos L´Oréal serem mais caros. De outra forma, sem as utilizarem, o público poderia de imediato restringir a compra devido à variável preço mas, graças a este veículo tão eficaz, o mesmo público entende a relação de preço/qualidade como sendo superior às das restantes marcas no mercado e, por isso, torna-se consumidor dos artigos L´Oréal.

E já que falei do submercado específico do Daniel, o dos cabeleireiros, o jovem colaborador da L´Oréal elucidou-me acerca dos fatores críticos de sucesso típicos deste mercado: inovação, timing (“right place on the right time”) e uma ótima relação (B2B2C), sendo o segundo “B” relativo ao(a) cabeleireiro(a). Para quem não está tão familiarizado, B2B2C significa Business to Business to Consumer. Este submercado, apesar da crise recente, tem vindo a recuperar e a crescer. Os maiores desafios nesta área são atualmente dois: a concorrência, seja através do preço praticado ou seja pela quantidade de marcas existentes; e os próprios consumidores, uma vez que alguns valorizam o conceito Do It Yourself e privilegiam realizar os seus tratamentos capilares em casa. De forma a combater esta última adversidade, o Daniel diz que se realça a superioridade profissional típica de um cabeleireiro, excelência essa que em casa nunca é alcançada. Neste setor, a componente relacional e o marketing são absolutamente fulcrais.

Num dos sites oficiais desta firma, são visíveis diversos vídeos das embaixadoras L´Oréal, onde se demonstra os resultados que estas obtêm da aplicação dos produtos da marca. Segundo o Daniel, ter “endorsers” é muito importante, por três motivos: dá bastante credibilidade à organização; funciona como um “stamp” de qualidade; e ainda o lado humano que é transmitido, uma vez que ao serem elas a colocar os produtos, é demonstrado a sua fácil aplicabilidade, bem como os resultados inovadores que geram.

E, já que referi um dos sites oficiais da marca, é importante fazer uma menção ao site para homens. Neste, é de realçar que a L´Oréal procura proporcionar aos visitantes uma experiência de lifestyle, uma experiência de homem 360º, de forma a que estes estejam em permanente contacto com a marca. Para tal, a companhia francesa cria conteúdo interessante para o seu público alvo (notícias sobre carros, aventuras, uso de determinado vestuário como camisas, por exemplo). No entanto, continua a ser natural associar esta grande empresa exclusivamente ao género feminino, uma conceção que se procura alterar cada vez mais.

A L´Oréal possui ainda o seu facebook oficial, no qual realiza diversos concursos, que têm como mais valia a criação de uma base de dados, crucial para se obter mais informação acerca do público.

O Daniel esclareceu-me ainda acerca das estratégias de Marketing mais bem sucedidas na L´Oréal: a utilização do digital para chegar aos consumidores; o uso do salão (no caso do setor onde atua) para chegar aos clientes; as já referidas endorsers e a imprensa, que é sempre um veículo de Marketing imprescindível.

Mais difícil do que atingir os lugares cimeiros é manter uma empresa no topo, afirmou o Daniel. De seguida, enumerou uma miríade de argumentos que apoiavam a sua opinião: quando se está no topo, para além da concorrência apertar, as expetativas dos consumidores estão elevadíssimas. É preciso fazer mais e melhor do que os rivais, revelando ainda uma elevada dose de resiliência.

Na L´Oréal existem 2 momentos de avaliação ao longo do ano (cada chefia define a periodicidade), onde são traçados objetivos e faz-se um balanço do que foi alcançado e do que é preciso melhorar. Caso se cumpra as metas previamente estabelecidas, o valor é reconhecido, o que demonstra bem a política de meritocracia que existe nesta companhia.

Elucidando-vos agora sobre a carreira do Daniel, ele entrou na faculdade ISCTE-IUL em 2009, em Gestão, e logo no 1º ano ingressou na AIESEC (a maior organização mundial sem fins lucrativos gerida por jovens), onde esteve até ao 2º ano. Desta vivência, destaca a parte organizacional, as pessoas que conheceu e as relações internacionais que estabeleceu. Posteriormente entrou no NEG (Núcleo de Estudantes de Gestão) onde, ao longo de 3 anos, realizou diversas atividades (como a organização de eventos) sendo uma experiência que recorda como enriquecedora, principalmente pelas competências adquiridas. No 3º ano de academia, realizou um estágio não remunerado na INSERT, de 2 meses, onde desenvolveu um plano de Marketing Digital (uma das suas paixões) para as 3 consultoras com as quais a empresa operava. Prosseguiu o mestrado em Marketing, na mesma faculdade, e logo no 1º ano foi nomeado Professor Assistente, dando aulas de Marketing Operacional ao 2º ano da licenciatura em Gestão. Das suas aulas, recorda a grande responsabilidade que teve, descrevendo esta experiência como fantástica, uma vez que sempre gostou muito da partilha de conhecimentos e, ainda por cima, eram conteúdos de Marketing, área que sempre o “seduziu”. Na mesma altura, entrou na IJC (ISCTE Junior Consulting), para o departamento de Marketing. Ainda neste 1º ano, participou no L´Oréal Brandstorm, um passo essencial para mais tarde ser um membro da empresa. Como podem ver por todo este percurso absolutamente sensacional, nada do que ocorreu posteriormente foi por puro acaso ou por sorte. Um dos mantras deste mundo é “A sorte dá muito trabalho”, o que fica bem patente neste percurso excecional do Daniel.

Daniel Santos tem tido um trajeto magnífico dentro da entidade, sempre em crescendo! Quando foi recrutado para a L´Oréal, iniciou a sua atividade como Marketing Assistant em 2013, passando depois para a posição de L´Oréal Professionel Product and Digital Manager. Posteriormente esteve 7 meses no cargo de Product and Digital Manager e o seu ofício anterior ao atual foi o de Business Consultant, onde permaneceu 8 meses. Os seus “segredos” foram a versatilidade que apresentou, o gosto pelo que faz e o cunho pessoal que sempre procurou imprimir no seu trabalho!

Sente-se bastante realizado por fazer parte da L´Oréal, por considerar que estar numa marca fortíssima, para além de ser sempre um bom “statement”, lhe permite ter responsabilidades por determinadas tarefas, inserido num ambiente de muita competitividade salutar. Destaca ainda o bom espírito vivido na empresa.

No futuro e, na medida em que a L´Oréal é uma instituição internacional, o Daniel pondera vir a colaborar com a corporação numa outra geografia, até porque a própria empresa promove essa mobilidade internacional.

Por fim, o Daniel deixa um conselho a todos os jovens que queiram singrar no mercado de trabalho: não se foquem apenas na faculdade, procurem conciliá-la com atividades extracurriculares, pois é aqui que se começa o mais importante (o networking), para além do sharing de experiências que ocorre, numa win-win situation, que irá contribuir para o crescimento pessoal de cada um dos envolvidos. Adquirem-se soft skills e é fulcral para que cada um perceba o que quer fazer no futuro e comece realmente a lutar por isso! Por outro lado, realça que a faculdade também deve ser encarada como um local onde há imensas oportunidades para cada um se divertir, ao mesmo tempo que conhece ótimos indivíduos e que se criam relações duradouras.

Um grande obrigado ao Daniel por me ter recebido e pela forma como conduziu a minha visita. Foi um prazer saber mais acerca da L´Oréal e acerca da carreira extraordinária do Daniel! Fica patente ainda uma ideia: na L´Oréal, a relação entre empresa e clientes é recíproca. Se são os clientes que alimentam a marca, através dos seus investimentos e das suas recomendações a amigos, a L´Oréal, por outro lado, procura a cada dia que passa ser cada vez mais disruptiva e agradar a todos os consumidores. Afinal, é porque os clientes merecem!

Até uma próxima leitura meus caros!




segunda-feira, 18 de julho de 2016

AKI – é fácil fazer

Há alguns dias atrás tive a oportunidade incrível de visitar uma loja do AKI, em Santarém, e de dialogar com diversos colaboradores desta organização, principalmente a Ana Teopisto e a Lídia Cardoso. Desde já deixo aqui o meu forte agradecimento a todas as pessoas com as quais falei e, em especial, à Ana e à Lídia! Muito obrigado pela tarde que me proporcionaram!

A Ana começou por me mostrar as instalações e as diferentes equipas. De seguida, fez-me uma breve introdução acerca da firma onde labora: o AKI faz parte do grupo ADEO, o terceiro maior “player” neste setor do mundo e o 1º ator francês no mercado internacional. Tem presenças em diversos países (tais como Espanha, Brasil, Itália, França, Rússia e China) e possui diversas marcas para além do AKI, como, por exemplo, a Leroy Merlin. Enquanto que esta funciona mais como uma loja de fortes investimentos por parte dos consumidores, o AKI existe mais numa lógica de comércio de proximidade, para materiais consumíveis.

O AKI foi a primeira empresa de distribuição de bricolage em Portugal, contando atualmente com 32 lojas espalhadas pelo território nacional, onde estão cerca de 25 mil artigos à venda. Até 2025 o objetivo é duplicar o número de lojas até aproximadamente 60, daí, atualmente, os processos de recrutamento estarem a decorrer constantemente, de forma a suprir as novas necessidades que vão surgindo. Atualmente e, uma vez que o grupo ADEO está cotado em bolsa, todos os profissionais do AKI são acionistas, recebendo repartição de resultados no fim do ano.

Descrevendo agora o ambiente que se vivia na loja, todos os trabalhadores caminhavam, de uma ponta à outra, sempre com uma cara visivelmente alegre e com o foco em ajudar o cliente. Momentos depois de me estar a mostrar o espaço, a Ana foi abordada por um cliente (que, como irão ver, seria o primeiro de muitos). Aliás, é aqui que reside a “magia” desta visita: tive mesmo a oportunidade de presenciar com os meus próprios olhos o atendimento dos profissionais do AKI e a forma como se desenrola um dia típico nesta loja!

Nestas alturas em que era interpelada, ora por clientes que estavam repletos de dúvidas, ora por consumidores que procuravam uma 2ª opinião, no meio de toda esta diversidade, a capacidade de problem solving e de manter a boa disposição da Ana deixaram-me incrivelmente surpreendido. Foi absolutamente irrepreensível em resolver tudo o que angustiava cada um destes indivíduos, com uma enorme rapidez. No meio de toda esta azáfama e, à medida que me continuava a guiar ao longo do AKI, ainda foi capaz de dialogar com diversos colegas, o que deixou transparecer as suas capacidades de multi-tasking. Uma profissional de grande gabarito, sem dúvida alguma!

Elucidando-vos agora acerca da carreira da Ana, ela começou por trabalhar em lojas de roupa. Mais tarde, passaria a colaborar na Esegur, saindo em 2008 para a Rádio Popular, o emprego anterior ao atual. Faz parte da grande equipa de 1300 colaboradores do AKI em Portugal há 3 anos e confessa estar a adorar a experiência. Trabalha-se muito, revela a própria, mas a relação que se estabelece com as pessoas é totalmente compensadora. Qual Daniel Oliveira qual quê, naquela altura era escusado perguntar à Ana o que diziam os olhos dela porque estes transmitiam, indubitavelmente, uma felicidade radiante! Detalhando mais acerca desta relação entre colaboradores e clientes, no AKI Santarém, é por demais evidente que se vive um ambiente familiar. No caso de Ana Teopisto, por exemplo, sempre que um novo cliente entrava no AKI, a Ana cumprimentava-o simpaticamente, sendo que os seus clientes lhe devolviam em igual medida um alegre “Boa tarde!”.

De seguida, a Ana confessou que o seu dia a dia não era de todo programável. Este último vocábulo só era passível de se utilizar em duas situações: quando entra de manhã, já sabe que entre as 7H e as 9H  irá repor artigos; se entrar à noite, sabe que das 21h às 22H irá arrumar a loja. As restantes horas de trabalho são totalmente imprevistas e diariamente distintas, o que torna o seu ofício extremamente estimulante.

Logo depois falámos acerca do maior obstáculo que a carreira já lhe tinha colocado e Ana Teopisto confessou-me que o mais estimulante é, em algumas ocasiões, o trabalho com pessoas. Criam-se laços e dá-se o máximo para que os colegas tenham as melhores oportunidades que, por vezes, são um grande desafio para serem agarradas. Neste aspeto, realçou mais do que uma vez a Lídia (de quem vos falarei mais tarde), a diretora da loja, que descreveu como sendo uma pessoa que construía ótimas relações com os indivíduos à sua volta. Afinal e, fazendo uso do célebre provérbio chinês, no AKI não se procura dar o peixe mas sim ensinar a pescar!

Numa altura em que dialogávamos acerca dos trabalhadores desta entidade, pedi-lhe que me traçasse o perfil de alguém que “veste a camisola” do AKI, seja para um futuro emprego ou para entrar na academia de trainees do AKI. “É preciso ter vontade, saber o que se quer alcançar, trabalhar, correr atrás e ter a humildade de assumir que estás aqui para aprender, muitas vezes até com os clientes. É necessário demonstrar-se espírito de equipa, saber respeitar as diferenças de cada um e estar sempre disposto a ajudar, uma vez que estamos todos unidos por um bem comum” afirmou com convicção Ana Teopisto.

A visita ia prosseguindo e, à medida que os clientes continuavam a surgir (e que a Ana, fruto das diversas alternativas que lhes apresentava, continuava a encontrar soluções satisfatórias) fui conversando com outros profissionais da empresa. Em relação ao teor das minhas conversas, houve de tudo: desde o Pedro que já está nesta casa há 26 anos (algo cada vez mais raro) e que destacou a valorização dada aos colaboradores, falando orgulhosamente dos prémios que o AKI lhe tinha dado aos 10, 20 e 25 anos de trabalho na empresa; passando pelo João, vendedor do departamento de tintas, que realçava a felicidade em laborar no AKI pelo trabalho de equipa que se estabelecia e pelas interações diárias com os clientes, dizendo mesmo que, há 6 anos, quando tinha entrado na companhia, não sabia nada e agora sabia quase tudo! “O AKI foi uma grande escola para mim, sem dúvida”, relatou-me o próprio; entretanto surgiu outro profissional chamado Pedro, que nomeava o conhecimento adquirido através da formação dada aos colaboradores do AKI, o atendimento ao cliente e a simpatia transmitida como os fatores que mais apreciava neste seu ofício, para além do já referido trabalho de equipa e consequente entreajuda. Ainda dialoguei com a Mónica que enfatizou o espírito de equipa, novamente, dizendo que “Tudo é possível com esta equipa”. Posteriormente falei com o Fábio, outro vendedor, que dominava, sem dúvida, a arte da oratória. Revelou-me que gosta imenso de trabalhar com pessoas e que, mais do que ser preciso, numa carreira, ter força de vontade, é necessário vontade de ter força! Afirmou ainda que, nos dias que correm, ser multi-tasking abre muitas portas e que é sempre preciso estar-se ciente da responsabilidade que temos uma vez que, mesmo sendo nós a parte mais “baixa” da empresa, iremos ser nós mesmos a dar a cara e, consequentemente, a “ter” nas nossas costas uma data de pessoas da firma. Por último e para concluir esta série de 6 testemunhos, falei com a Teresa, que me deu insights bem diferentes, uma vez que tinha entrado na companhia há apenas 1 semana! Ela disse-me que estava no departamento de casas de banho e canalização e que, neste momento, ainda sentia dificuldades em tudo. No entanto, realçou também que estava a adorar a experiência e que todo o pessoal da loja a ajudava imenso e que, por isso mesmo, estas dificuldades acabavam por ser estimulantes. Há apenas 7 dias no AKI, já me relatava com admiração a valorização humana impressionante e revelou-me que, no 1º dia em loja, sentiu muitas dificuldades em ajudar os clientes e teve que ser constantemente auxiliada pelos colegas. No entanto, no final desse mesmo dia, a diretora da loja sentiu a necessidade de falar com ela e fez-lhe ver que o mais importante era ela continuar a dar o seu máximo e que, com o tempo, tudo iria correr pelo melhor. Na minha ótica, o testemunho da Teresa acabou por ser deveras interessante, por ser demonstrativo da realidade inicial de um emprego e das dificuldades sentidas!

Ficou saliente, ao longo desta maravilhosa tarde, que os pilares do sucesso do AKI em Portugal são uma combinação dos três seguintes fatores: proximidade ao cliente (alcançada pelo número elevado de lojas em território português e pela importância que o cliente tem para todos os colaboradores), variedade de artigos e muito trabalho por parte dos seus profissionais. Também foi referida a experiência, alcançada por serem a primeira empresa do setor no nosso país mas, no entanto, a Ana considera que com as mudanças da sociedade e a consequente mudança de hábitos nos indivíduos, mais do que a experiência, a adaptabilidade assume um papel fundamental.

A inovação é, indubitavelmente, um fator de diferenciação neste mercado e, no AKI, esse fator é uma constante. Foi o AKI que desenvolveu as Bricofichas (fichas informativas com várias dicas de como fazer diversos trabalhos de bricolage em casa) e talvez o expoente máximo se tenha dado com a criação do conceito Do It Yourself. Na atualidade, os clientes procuram cada vez mais fazer por eles próprios, até porque o dinheiro não abunda e contratar profissionais acaba por não sair barato ao consumidor. Nesta altura, a Ana mostrou-me a oficina da bricolage. Neste local compra-se os materiais necessários e os colaboradores do AKI ajudam a montar o equipamento gratuitamente. Esta novidade surgiu em Santarém, fruto de um concurso interno de ideias que ocorre a nível mundial (promovido pelo grupo ADEO), que se denomina InovaAKI.

Pelo 3º ano consecutivo a escolha do consumidor, para além de ser a marca de bricolage da casa e jardim com maior notoriedade espontânea, a Ana diz que no AKI não há segredos para o sucesso, enfatizando novamente o trabalho. Segundo a própria, “andam sempre a 1000”. “Não é trabalhar porque é preciso, é por querer evoluir, adquirir competências e conhecimento”, afirma a Ana, o que demonstra uma cultura de intensa procura pela melhoria pessoal que, consequentemente, proporciona todos os prémios supracitados.      

Um dos principais problemas desta loja é a sua localização. No entanto, a simpatia dos colaboradores, que procuram acompanhar os projetos dos clientes, ultrapassa a adversidade colocada pela geografia onde estão inseridos.

De seguida falámos de duas invenções internas, o serviço Click e Recolha e o cartão AKI mais, e do retorno que estas traziam ao próprio AKI. No caso do primeiro, é um serviço que permite ao consumidor efetuar as suas compras online e levantá-las em qualquer loja AKI gratuitamente. No AKI Santarém recebem encomendas, por exemplo, da La Redoute e da Lanidor. Os resultados são cada vez melhores, alicerçados pelo cada vez menor tempo de que as pessoas dispõem. Quanto ao cartão AKI mais, é um cartão que traz múltiplos benefícios ao cliente que o utiliza (comunicação privilegiada, promoções e descontos exclusivos), sendo que para a marca é muito importante em termos de fidelização, uma vez que, mais tarde, o cliente lembra-se do AKI, quando tiver necessidades tão distintas como simplesmente mudar uma lâmpada ou remodelar uma casa.

A formação é algo que também acontece com regularidade nesta instituição, não só para os colaboradores do AKI como também para os clientes. No 1º caso, é fulcral que assim seja, uma vez que muitos clientes esclarecem dúvidas e pedem opiniões aos trabalhadores do AKI (como foi visível em relação à Ana) e, para esse efeito, os trabalhadores têm que estar muito bem preparados para se sentirem à vontade em resolver toda e qualquer situação que possa surgir. Já no 2º caso, são de destacar os workshops, denominados Bricoaulas, que decorrem todos os sábados para aqueles que estejam interessados.

Nesta corporação a Responsabilidade Social é levada muito a sério. Cada loja tem laços criados com algumas instituições. No caso da de Santarém, o AKI desta cidade, quando tem artigos não vendáveis mas passíveis de serem utilizados, doa esses mesmos materiais à Cruz Vermelha. A Cruz Vermelha ajuda, essencialmente, a nível de arrumação e de formação (nomeadamente acerca de higiene e segurança no trabalho e de primeiros socorros), estabelecendo-se, por isso, uma relação recíproca. Mas o portfólio de projetos louváveis desta entidade não terminam por aqui. O AKI tem atualmente a decorrer o projeto “Missão com Pinta”, com a Sic Esperança, em que o dinheiro da venda da mascote Tó Pintas reverte para a fundação Gil, sendo utilizado para remodelação de escolas. Para além disso, há dois anos o AKI Santarém ajudou uma escola que solicitou auxílio, uma vez que precisava urgentemente de recuperar o chão de uma sala de aulas. Pois bem, o AKI fez uma breve análise da situação e constatou que não era só o chão que precisava de reparação. Então, decidiram, adicionalmente, colocar móveis no estabelecimento de ensino, pintar o refeitório e fazer melhorias em todas as salas, sendo que tudo isto foi realizado fora do horário de trabalho dos colaboradores do AKI e sem qualquer custo para a escola! Que iniciativa absolutamente incrível, a mostrar que, no mundo dos negócios, as boas ações têm e sempre terão espaço!

Entretanto, aproveitei uma nesga de oportunidade e falei com um cliente, perguntado-lhe como classificaria o atendimento no AKI. O indivíduo em questão disse-me estar muito satisfeito porque, todas as vezes que tinha sido atendido, o tinham esclarecido, salientando a informação que os trabalhadores do AKI detinham. Para tal informação, disse-me a Ana mais tarde, também contribui em larga parte o telefone da empresa, um dispositivo que a Ana me descreveu como fantástico, uma vez que permite ver o que há em stock, em que quantidade há, a variedade de artigos e o preço destes. Para além disso, ainda possibilita o acesso direto ao site do AKI, email e praticamente a todas as ferramentas necessárias ao trabalho diário de um colaborador desta empresa, sem que este precise de estar junto a um computador.

Posteriormente, falei com Lídia Cardoso, diretora da loja AKI Santarém, uma pessoa que tinha tanto de inspiradora como de afável. Em relação à academia de trainees que o AKI está agora a promover (caso se queiram inscrever, poderão fazê-lo aqui http://www.academiaaki.pt/), a Lídia realçou que não procuram licenciaturas, mas sim pessoas com veia empreendedora, que gostem da área do comércio e de trabalhar com e para pessoas. Deixou-me ainda um conselho: na faculdade apenas nos dão as ferramentas necessárias. Cabe-nos a nós dar-lhes uso, uma vez que as empresas procuram cada vez mais  as chamadas “soft skills” e, no final, vai importar realmente quem tu és como pessoa e o que queres construir, disse-me a Lídia. Afinal e, segundo ela, “No AKI podemos ensinar as competências; já o saber ser, isso não dá para ensinar”. A Lídia afirmou ainda que era muito importante que os jovens interessados tivessem a vontade de mudar o mundo, de fazerem mais e melhor e de se superarem continuamente. Terminámos o nosso diálogo com a diretora desta maravilhosa loja a realçar que, todos os dias, procura transmitir à sua equipa o quão felizardos são por fazerem parte desta grande família e procura ainda aferir acerca de novas iniciativas que lhes permitam continuar satisfeitos por laborar no AKI.

Finalizando, queria destacar o quão bem recebido fui nesta tarde que se revelou, a todos os níveis, absolutamente fenomenal! O mote do AKI, como podem ver no título, é “É fácil fazer”. E, realmente, foi isso que comprovei neste dia: é fácil fazer os clientes satisfeitos, é fácil fazer um ambiente de trabalho ótimo e é fácil receber de uma forma incrível os jovens! Para tal, basta que as equipas envolvidas sejam constituídas por pessoas excecionais! Muito obrigado, mais uma vez, a todos os intervenientes!

Caso queiram saber mais alguma informação acerca do AKI, visitem o seu site em: http://www.aki.pt/ 

Até uma próxima leitura meus caros!