sábado, 24 de junho de 2017

David Cruz e Silva – Hack & Hustle e a capacidade de impactar empresas e pessoas

David Cruz e Silva - O percurso e a forma como este o levou a fundar a Hack & Hustle

Recentemente, tive a oportunidade de estabelecer um diálogo fenomenal com o David Cruz e Silva. Conheci-o no Verão passado via LinkedIn e começamos a dialogar, até percebermos que seria muito interessante realizar um artigo acerca do David e da Hack & Hustle para o meu blog “Discovering the Business World”. O David é um Innovator & Business Developer que partilhou comigo alguns insights que considero absolutamente valiosos, principalmente para qualquer jovem que tenha como objetivo um dia impactar o mundo/a sociedade/pessoas através de mudanças operadas com base no seu talento, conhecimentos e competências.

O David tem tido um percurso ímparLicenciou-se em Engenharia e Gestão Industrial na Universidade Nova de Lisboa. Mais tarde tirou duplo mestrado, em Engineering and Industrial Management, no IST (1 ano), e em Business Engineering, na Université catholique de Louvain (1 ano), tendo completado tanto a licenciatura como o mestrado com uma média fenomenal de 17V. A partir do 3º anocomeçou a estagiar na Novabase, estágio este que foi conciliando com os estudos. Estar na Novabase permitiu-lhe perceber a importância e o papel que se pode ter nas grandes empresas. Segundo o David, o valor de um recém-graduado é questionar e trazer uma perspetiva fresca à organização. É preciso ter uma atitude que demonstre sentido crítico, mas sempre com vista a aprender, diz o David.

De seguida, falamos de um aspeto que interessará sobremaneira aos meus leitores: o modo como o sistema de ensino e, nomeadamente, o ensino universitário está estruturado. Na opinião do David, na universidade há um foco demasiado grande nas hard skills (que se podem aprender sempre, a qualquer altura do nosso percurso) e não se olha o suficiente ao desenvolvimento das soft skills. O objetivo primordial, diz o mesmo, é os alunos aprenderem! No entanto, segundo o David, existem características fulcrais que se devem dominar quer sejamos um professor como um empresário, e até na esfera pessoal, e que muitas vezes não se encontram nas universidades. Um exemplo claro seria o desenvolvimento do chamado EQ (Inteligência emocional). Também deve partir dos alunos uma visão desta fase da sua vida diferente da que é perpetuada pela sociedade. Para o David estudar por estudar não serve de nada: não adianta fazer um curso sem um objetivo. É muito importante definir tudo o que se pretende, tal como se nós fossemos uma grande empresa: isto é, definir o nosso branding, a nossa visão, missão e propósito, porque afinal, quando se faz as coisas com um propósito, tudo tem outro sabor no final.

O próprio David corrobora esta ideia dizendo “Prefiro uma pessoa para a minha empresa que se calhar após o 12º ano viajou durante 1 ano para descobrir o que realmente gostava e qual era o seu fit no mercado e, em vez de fazer um curso, quando regressou até fez algo muito mais específico porque é aquilo que realmente gosta. Afinal, essa pessoa não terá horários, irá ter um engagement muito maior para com a empresa, irá partilhar as nossas ideias e, mais do que tudo, terá um propósito.” “É esse o desafio hoje em dia das empresas relativamente aos Millennialso engagement desta geração que tanto e de forma tão rápida teve as coisas que quis”.

De seguida, abordamos outro assunto, agora relacionado com o empreendedorismo e o mundo fascinante das startups. O David afirmou que ser emprendedor e estar numa startup, atualmente, é visto como algo “fixe”. “Mas depois, num recrutamento, as primeiras perguntas que fazem são sobre o salário ou sobre o tempo de férias... Isto não é ser empreendedor, é dizer-se empreendedorEmpreender é ter um shared purpose.”

Muita da visão empresarial preconizada pelo David assenta no facto de este acreditar que a capacidade do potencial não dominado por cada um de nós pode mudar o futuro. Confessa-se sentir sortudo por, desde muito novo, ter contactado com profissionais que lhe transmitiram a importância de ter paixão pelo que se faz! Assim, David Cruz e Silva procura ajudar as pessoas a encontrar o seu propósito e a estabelecer uma forma de o alcançar. Seguindo esta linha de raciocínio, no futuro, pondera vir a entrar no mundo do Coaching (sendo que o mundo do Venture Capital também lhe apraz bastante). “A partir do momento em que há paixão, não há nada que te pare! É preciso tomar as rédeas da nossa vida. Há desafios, há obstáculos, mas há algo muito maior do que isso: a paixão pelo que fazemos!

Como supracitado, o David esteve na Bélgica aquando do seu mestrado em Business Engineering, que considera muito importante para um Business Developer. Um Business Developer é um profissional que desenvolve os negócios das empresas, seja qual for a área: marketing, vendas, gestão de projetos, etc. Na opinião do David, alguém que procura ser um Business Developer deve ter na sua tool-box muitas hard skills: desde Contabilidade às Finanças, passando pelo Marketing, é importante sentir-se confortável em qualquer área para poder abordar os especialistas das mesmas e falar a “língua” deles.

Durante o seu duplo mestrado, começou a trabalhar pro bono (isto é, voluntariamente e sem remuneração). Contactou PME´S (Pequenas e Médias Empresas) e startups via Angel List, LinkedIn e Facebook, enviando-lhes o seu personal branding, referindo como iria atuar na empresa em questão e qual era o seu propósito, conseguindo uma carteira de clientes considerável. Realizava todo o seu trabalho para estes clientes via Skype, onde procurava mostrar valor e, mesmo para problemas para os quais ainda não possuía o know-how necessário (visto estar a estudar), como trabalhava de forma gratuita, pedia algumas semanas às empresas em questão para trabalhar nesses problemas até se sentir apto a resolvê-los. Estagiou ainda na Cyrpa, uma empresa que produzia e comercializava equipamentos para radioterapia.

Fundação da Hack & Hustle

Passado 1 ano e já depois de terminar o mestrado, enviou email às empresas onde desenvolvia o seu trabalho a dizer que a partir daquela altura o Business Development que faria seria pagoNesta altura, co-fundou a Hack & Hustle, sediada em Lisboa. Como alguns dos clientes para os quais trabalhava gratuitamente quiseram continuar a contar com os seus préstimos, desde início que a Hack & Hustle apresentou uma bom portfólio de clientes para os quais desenvolvia o seu trabalho. Assim, a proatividade de David Cruz e Silva permitiu-lhe criar a sua empresa e começar desde logo a desenvolver projetos.

No início, a Hack & Hustle era essencialmente uma empresa de execução e de suporte do ponto de vista de Business Development e foi uma autêntica escola ("melhor do que qualquer faculdade") para o David, porque lhe permitiu tornar-se muito conhecedor do mundo empresarial. Assim, o David nomeia os 3 aspetos que considera fulcrais para se ter sucesso como consultor:

  1. Tem que ser expert em alguma área e não generalista;
  2. Tem que ter uma estratégia forte de aquisição de clientes;
  3. É muito importante criar uma pipeline com uma lista de suspects, prospects, leads e customers, de forma a transformar possíveis clientes em clientes reais e concretos, isto é, de forma a aumentar a taxa de conversão de uma possível sinergia para um projeto real.
O trabalho desenvolvido com startups, o modo de atuação e as formas de gerar profit

Nesta empresa onde é co-fundador, muito do trabalho que o David desenvolve é com startups. Nestas, o David procura incidir na criação de valor, principalmente junto dos consumidores. Afinal, “O grande desafio das startups é como criar valor face a grandes empresas que tem 10x ou 20x o teu budget.

Mas qual é o modus operandi que tem estado por detrás do crescimento e do sucesso da Hack & Hustle? Tudo começa quando uma startup está a contratar, logo, quando há necessidade de certo tipo de competências para alavancar valor a algum projeto. Se as pessoas que estas startups estão a contratar são indivíduos com skills que o David ou a sua equipa possuem, o valor acrescentado de contar com a colaboração da Hack & Hustle é a solução multifacetada que a mesma providencia (porque em vez de ser uma só pessoa a fazer o trabalho é uma equipa de pessoas) e de forma mais barata do que normalmente custaria contratar 1,2,3 profissionais de áreas distintas.

O David já trabalhou com clientes provenientes de diversas partes do mundo, tais como Canadá, EUA, Hungria, França, entre outros. Com todos estes projetos, adquiriu imenso know-how que aplica na empresa e, hoje em dia, existem várias maneiras de gerar lucro para a Hack & Hustle, entre as quais:
  1. Continuamente aumentar a rede de networking, conhecer novas pessoas e dialogar com elas, surgindo daqui novas oportunidades de negócio. E, na mais comum das atividades mundanas, num simples café, pode surgir uma oportunidade de negócio. Recentemente, sentou-se com 2 indivíduos que conheceu via LinkedIn e um deles estava a lançar uma startup e confessava estar com alguma dificuldade na forma de abordar o mercado. Na hora, o David analisou o mercado e a empresa e disse ao seu colega o que considerava que este estava a fazer menos bem e onde podia melhorar. Esta free consultation teve um ótimo efeito no negócio do seu colega, cuja empresa se viria a tornar parceira da empresa do David.
  2. Fazer projetos internos e depois capitalizá-los e comercializá-los para o mercado.

O re-branding da Hack & Hustle - O propósito, a Visão, o consumidor alvo e as vertentes de atuação

Neste ano de 2017, a Hack & Hustle está a sofrer um re-branding. Este surge da necessidade de especialização da empresa, que dantes, funcionava como consultora para qualquer tipo de organização. Atualmente, procura funcionar como “Innovation House”. A origem da Hack & Hustle está correlacionada com uma frase de Peter Drucker “If an organisation is not able to innovate it faces decline and extinction”. Por inovação entenda-se: Implementar (e não pensar ou criar) uma nova solução para um problema e criar valor (tudo o que os stakeholders, tipicamente os clientes, estejam dispostos a pagar é o que se entende por ser valor)”. Atualmente, as diretrizes ao nível do Propósito e da Visão da empresa são:

Propósito – “Nós acreditamos em inovar para um mundo verdadeiramente sustentável. Inovação Responsável é a única forma de incorporar efetivamente a “Triple bottom line”: lucros (profits), pessoas (people) e ambiente (environment). A Inovação é crucial na sobrevivência dos Negócios  mas é também fulcral na sobrevivência do nosso estilo de vida, hábitos e até do planeta”.

Visão– Fortalecer organizações e indivíduos de forma a inovarem e a alcançarem um crescimento sustentável. Como? Fazendo-o num prisma de 3 vertentes:

·         O que é inovação?
·         Porque é que devemos inovar?
·         Como é que nós podemos inovar?

Mas qual é o consumidor alvo da Hack & Hustle? “Os nossos clientes são organizações que querem inovar. Desenvolvemos programas feitos à medida para cada um deles. O nosso foco está agora em corporates que para inovar precisam de ser tão ágeis quanto uma startup.”, afirmou David Cruz e SilvaAs 2 vertentes de atuação da empresa são:
  1.  A validação do projeto;
  2. O desenvolvimento do projeto.
A Hack & Hustle procura atuar sobretudo numa vertente de operacionalizar estes processos da melhor forma possível, mais do que atuar a nível estratégico (havendo, no entanto, casos em que atue nos dois níveis).


O Projeto mais recente - Blog Untamed Potential

De referir ainda que a Hack & Hustle criou recentemente um novo Blog, chamado Untamed Potential, que está focado na criação de valor para pessoas que estão a começar a aventura de serem empreendedores ou que querem um dia fazê-lo. Neste blog, o David partilha a sua experiência com startups e tenta ao máximo maximizar as hipóteses de sucesso dos leitores e minimizar os riscos. Tem insights valiosos e por isso, caso o queiram visitar, sigam o link: www.untamedpotential.com

A equipa Hack & Hustle

Por último, falta falar da equipa Hack & Hustle, que é constituída pelo David e pelo Cristovão, irmão do David, os 2 co-fundadores, e por uma investigadora na área da Biomedicina e lead investor com experiência internacional na Europa e América do Norte. A investigadora e o Cristovão (PHD em Física de Partículas, que já trabalhou no CERN, muito experiente em new product development nas áreas tecnológicas) têm elevado know-how técnico, sendo que o David, que é o CEOtraz muito know-how ao nível de gestão e da parte comercialÉ sem dúvida uma equipa que se complementa da melhor forma!

Conselho final do David e um ensinamento a retirar para o futuro

O David, no fim da conversa, deixou ainda um conselho aos meus leitores: “O mais importante é querer evoluir sempre, continuar sempre a tentar ser melhor, de forma humilde. Reconhecer sempre que há espaço a melhorar e que esse é um caminho fulcral ao sucesso”.

Foi realmente espetacular conhecer o David e toda a realidade da Hack & Hustle e, por inerência, conhecer sem dúvida ao pormenor o mundo das startups! É realmente interessante notar que esta oportunidade surgiu de um simples pedido de conexão no LinkedIn e, daqui, queria também deixar um conselho: por vezes, da mais ínfima conversa ou diálogo pode surgir uma oportunidade esplêndidaNunca ignorem/menorizem a importância de dialogar com alguém. Só se não o fizerem é que sabem que nada acontecerá. No entanto, se, por outro lado, o fizerem, tudo pode acontecerao limite, do outro lado, poderá estar sempre um potencial cliente/futuro colaborador/pessoa com a qual possam evoluirExperimentem!

Até uma próxima leitura meus caros!

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Gomobbi – Programmatic Mobile Marketing Agency

A empresa

Recentemente, tive a honra enorme de conhecer a Gomobbi, uma empresa que faz parte do maior grupo de Marketing Digital português, o WY Group.

O WY Group é uma holding especializada em Marketing Digital, tecnologia e criatividade e é constituído por 8 fantásticas empresas (sendo que tive a oportunidade de conhecer os escritórios de todas elas em detalhe), para além da Gomobbi, que conheci em pormenor. As 9 empresas (podem ver, nas fotos, 2 das restantes 8 empresas) são independentes e visam a criação de soluções dinâmicas em sinergia, que tragam elevado valor acrescentado aos clientes. De referir que os escritórios são absolutamente espantosos, com uma vista incrível para a praia (o WY Group localiza-se em Oeiras).


A pessoa que me recebeu e o ambiente da empresa

Tive o prazer de ser recebido pelo João Costa (que está à esquerda na foto em baixo), um jovem talentoso, muito proactivo e um grande amigo, que me mostrou as instalações das 9 empresas, sendo que, para além disso, apresentou-me a toda a equipa Gomobbi (que desde logo reparei ser extremamente jovem), bem como a um partner do Grupo. O João esteve a trabalhar na empresa durante 2 meses (uma vez que ainda está em mestrado e após esses 2 meses ia finalizar o mestrado em Vienna), como Business Developer e Account Manager. Basicamente, as 3 grandes funções do João eram: Get Clients (Business Developer), Keep (Account Manager) e Grow (as negociações propriamente ditas).

Todos os colaboradores da Gomobbi eram muito simpáticos e acessíveis e o ambiente que se respirava era de inovação disruptiva e de uma grande ambição em trazer resultados para a empresa, em fazer acontecer! Como trabalham em open space e, dado a visível ligação forte entre os elementos da equipa, o ambiente de trabalho torna-se muito estimulante, o que provoca uma excelente dinâmica entre todos. A Gomobbi divide o escritório com outra empresa do grupo, a Performance Sales, o que alavanca ainda mais o dinamismo entre todos.

CEO – O Percurso e a forma de trabalhar com a equipa, lado a lado

Em conversa com o Harold Navarro, CEO da Gomobbi (que está à direita na foto),  comecei por perguntar-lhe como era ser CEO de uma equipa tão jovem e tão visivelmente ambiciosa. O Harold, num jeito muito humilde, afirmou que era o CEO por ter mais experiência no ramo mas que considerava que, apesar de ter bastante know-how, na empresa estavam todos ao mesmo nível. O CEO desta entusiasmante empresa considera que, no negócio em que atuam, deve haver uma valorização muito forte da parte humana e deve-se procurar que as pessoas sejam felizes e que, mais do que tudo o resto, se procure impactar a vida dos colaboradores. Por esta razão, o Harold trabalha diretamente ao lado da equipa, na mesma mesa (algo pouco comum em Grupos empresariais desta dimensão). O Harold explicou-me o raciocínio por detrás desta maneira de abordar o negócio “Já trabalhei em empresas como a OLAmobile em que os chefes tinham os seus escritórios à parte da equipa. Curiosamente, nunca me esqueço de uma vez o meu chefe estar a discutir métricas na performance do pessoal e o chefe ter ficado “Como é que eu nunca soube disto?” e a razão era muito simples: por trabalhar num escritório à nossa parte, todos nós sentíamos que para ir falar com ele tinha que ser algo mesmo muito importante. O Harold finalizou o seu raciocínio, afirmando que, quando não se trabalhava lado a lado com as equipas, não existiam aquelas discussões de ideias naturais que ocorrem de onde por vezes surgem os melhores insights e daí adotar esta postura!

Quanto ao trajeto de Harold Navarro, este foi deveras peculiar: entrou na Lusófona, finalizou o curso de turismo e graças a uma conversa com um coordenador acabou por seguir uma veia operacional. “Mas o Erasmus foi um momento marcante: na Finlândia, fez-se um clique e senti-me em casa. Não foi possível fazer lá mestrado porque, na Finlândia, de forma a prosseguir mestrado, é necessário experiência no mercado de trabalho.” No Erasmus, viu-se envolvido em diversas formas de ensino outside of the box muito parecidas com o mercado de trabalho. Prosseguiu um mestrado em Bournemouth, Inglaterra, em Turismo e, um dia, quando foi a uma conferência de Marketing Digital, percebeu que era aquilo que queria.

Mais tarde, participou no INOV Contacto, um programa do Estado, para recém-graduados e recém-mestrados. Na altura, foi estagiar para Nova Iorque, uma experiência de onde retirou ensinamentos que lhe foram muito importantes. O Harold disse-me que Nova Yorque foi incrível, porque o mindset é totalmente diferente do que estava habituado e que o marcou imenso que todas as pessoas falassem umas com as outras, mesmo que não se conhecessem! Voltou a Portugal e conseguiu entrar na empresa pelo seu domínio muito forte do espanhol (que deriva do facto de este ser peruano). De seguida, saiu e mudou para outra empresa, foi freelancer em Munique na área de Marketing Digital e, mais tarde, Rui Marcelino (Head of Marketing e Partner da Performance Sales, outra das empresas do grupo, cujos escritórios podem ver na fotografia) convidou-o para vir liderar este projeto. O Harold estava muito alinhado com o Rui e entrou no fim de Dezembro. A Gomobbi já tinha existido anteriormente mas preferiu-se agora procurar reconstruir a empresa do zero, em torno de um projeto ambicioso, (e daí que a entrada de elementos na Gomobbi foi muito bem pensada, com vista a que todos eles entendessem e percebessem o impacto que podiam ter). O ano de 2017 foi todo pensado com objetivos mensais concretos e bem definidos, principalmente ao nível da Margem Bruta.

Modelo de negócio da Gomobbi

Usando uma analogia bastante pertinente, realizado por outro fantástico amigo meu que trabalha na Gomobbi, o Francisco Pacheco (que trouxe um know-how elevadíssimo para a organização, fruto de já ter trabalhado na indústria), imaginem aqueles grandes “placards” que estão dispostos nas ruas (nesta altura de eleições é muito comum ver-se). Existem empresas que alugam esse espaço dos placards para os políticos/empresas promoverem as suas ideias. Bem, a Gomobbi funciona como essas empresas, mas no online, isto é, alugam espaços para que as empresas possam promover os seus produtos. No entanto, a grande diferença para o exemplo que vos dei é que a Gomobbi só recebe dinheiro mediante os resultados que apresentar. É este o ponto fulcral: a Gomobbi recebe mediante a performance concreta que conseguir para os seus clientes.

A maior parte dos produtos promovidos pela Gomobbi é para Mobile Marketing. A Gomobbi tem produtos de clientes, clientes estes que querem adquirir users. O trabalho da Gomobbi é procurar o espaço online, adquiri-lo e usá-lo para os clientes e por cada user/por cada download (no caso de estar a promover apps, por exemplo) que conseguir concretizar para os parceiros com quem trabalha, recebe uma quantia. Assim, o que a Gomobbi procura criar é uma plataforma robusta para gerir as diversas campanhas dos clientes. É tudo  feito através de tecnologia e a Gomobbi é o intermediário entre os criadores de conteúdo (empresas como a TIMWE, por exemplo, destacam-se nesta vertente) e o consumidor final. Os produtos a promover podem ser wallpapers, aplicações, ring-tones, entre muitos outros. Além disso, a Gomobbi está ainda encarregue de fazer a parte de publicitação de aplicações (por cada download recebe uma quantia, como já referi anteriormente) o que demonstra que este modelo é muito baseado na reciprocidade isto é, a Gomobbi recebe mediante o que produz para o cliente. É entusiasmante esta maneira de olhar os negócios, é performance pura e dura, uma vez que a Gomobbi tem como retorno o que gerar ao cliente!

Dia a dia na empresa

Por tudo o que supracitei, isto é, por estarmos na presença de um modelo em que tudo é mensurável, há alguma liberdade para os colaboradores, tanto ao nível de horários, como ao nível de recompensas que os trabalhadores recebem mediante o que produzem (há uma parte muito variável no salário).

Experiência do CEO da Gomobbi e os próximos desafios da empresa

Quando questionei o Harold acerca dos grandes desafios que espera que o mercado lhe venha trazer, o Harold disse-me que, o que mais o preocupa neste momento é o facto da concorrência na procura de profissionais deste tipo de áreas mais tecnológicas ser cada vez maior.

Quanto à experiência, disse-me de uma forma muito clara e franca que vir para a Gomobbi lhe tem trazido muito valor acrescentado porque estão a criar uma empresa tecnológica do zero e que tem sido muito interessante e gratificante fazer parte do crescimento.

Para além disso, o próprio Harold têm a consciência que, caso o negócio apresente resultados, ficará com uma parte do negócio. É este um dos aspetos mais marcantes nas pequenas empresas: o impacto é fortíssimo, cada ação tem um efeito visível, cada pessoa alavanca imenso o negócio!

Futuro da Gomobbi

Na ótica do Harold, no futuro a Gomobbi será uma empresa 70% IT e 30% RH e Marketing. “Daí que seja muito desafiante para qualquer futuro colaborador vir fazer parte desta equipa e deste crescimento, porque pode vir fazer a Gomobbi atingir escalas inigualáveis! Entrar numa empresa que lida com o online e com este tipo de métricas (o valor que se traz para os clientes e para a empresa é muito fácil de se ver) é algo marcante.” Além disso, na Gomobbi, pude reparar que existe um apoio constante na ótica de possuir uma equipa com grande diversidade cultural, até porque, sendo os clientes de inúmeras geografias como a Índia, América Latina, entre outros, a diversidade cultural é um aspeto que traz muito valor acrescentado.

O negócio é claramente o Business to Business (B2B). Os clientes são claros partners do negócio e ajudam a Gomobbi a identificar lacunas de mercado. Outra parte da estratégia da Gomobbi consiste em diversificar, em termos de modelos de negócio a apresentar aos clientes. É uma win-win situation, uma vez que o lucro gerado é mútuo. É este um dos aspetos chave que a Gomobbi traz aos clientes, o facto de apresentar constantemente soluções diferentes do mercado e aplicadas à realidade de cada um.

Em termos de mercado, há muito espaço para crescer e muitas oportunidades para aproveitar. Do vasto conhecimento que o Harold tem, o CEO da Gomobbi acredita que a Gomobbi possui pessoas mesmo muito únicas que irão cada vez mais fazer a diferença.

Recrutamento e perfil tipo procurado

A lógica da Gomobbi é contratar mediante as necessidades. A equipa inicial foi fechada com 7 pessoas. No entanto, caso queiram seguir a Gomobbi e as suas oportunidades, a melhor forma de o fazer é através do seu LinkedIn (https://www.linkedin.com/company-beta/5134403/). Na altura em que visitei esta empresa incrível, o objetivo era claramente contar com pessoas para construir a base. No futuro, com a base já bem solidificada, o objetivo será construir cada vez mais e aí surgirão as oportunidades. Nessa medida, o que se procura são jovens, que tenham alma para desafios, sem medo de arriscar e que tenham a capacidade de ter uma visão estratégica do negócio.

Na Gomobbi, o traço mais crucial para realizar um bom trabalho é, mais do que expertise no IT, ter uma vertente analítica muito forte! Como estão no começo, todas as pessoas que integrarem a equipa têm que trazer uma visão estratégica, liderança e muita autonomia. É uma área muito mutativa e por isso a capacidade de se adaptar e de se reinventar é muito importante. “É a tecnologia que faz acontecer, há Ronaldos, há Messis, o que é preciso é um campo à altura (as plataformas)” disse-me o Harold.

Aspetos diferenciadores de trabalhar na Gomobbi

Um dos aspetos mais interessantes que a Gomobbi oferece é a mobilidade internacional, algo que é patente no próprio grupo. Para além disso, nesta empresa há um espaço enorme para a criatividade dos colaboradores. Aliás, muitas das ideias das novas empresas do grupo surgiram de pessoas que tiveram ideias de negócios e que as apresentaram ao Pedro Janela, CEO do grupo e o projeto “nasceu” mais tarde.

É notório ainda que a Gomobbi está muito próxima dos colaboradores, que tem um approachement completo. Há uma relação de proximidade, uma relação muito estreita entre todos.
Um dos aspetos mais diferenciadores é que, como é uma empresa recente e que quer crescer imenso, todo o know-how que futuros colaboradores tragam irá ser impactante. Há espaço para replicar as experiências positivas que já tenham vivenciado e tentar evitar o que viram de negativo.


Por último, referir que o próprio WY Group tem algumas regalias muito interessantes: lavagem de carro, serviço de mercearia e muitos outros aspetos, para além dos incríveis escritórios e salas de reuniões (como na fotografia).

Eu próprio, como passei todo o dia na empresa, tive oportunidade de desfrutar ainda de outras regalias: joguei ténis de mesa com 3 dos colaboradores, comi bolo da empresa trazido pelo João e consegui assistir ao desenrolar de um dia de negócios!

No final do dia, tive oportunidade de conhecer o Rui Marcelino, Head of Marketing e Partner de outra empresa do grupo, uma pessoa e profissional com um percurso incrível e com uns ensinamentos únicos. O que retive acima de tudo foi uma frase que o Rui proferiu “Eu não recruto empregados, recruto parceiros.” Incrível esta maneira de olhar o negócio!

Por fim, fui ao jantar da empresa de despedida do João, que foi absolutamente fantástico e que se revelou uma forma espetacular de terminar um dia memorável. Queria agradecer à Gomobbi e, em especial, ao João, ao Harold, ao Francisco e ao Rui pelo dia que me proporcionaram! Foi mesmo marcante conhecer um negócio tão baseado na performance pura mas, ainda mais marcante foi perceber que, mesmo neste negócio, o aspeto pessoal é muito valorizado e conseguem-se encontrar equipas destas, onde a união e o esforço em prol de um objetivo comum são visíveis!

Até uma próxima leitura, meus caros! 

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Mind Source – All the pieces to decide


Em mais uma incursão incrível pelo mundo empresarial, tive a oportunidade fantástica de viver 2 momentos distintos e de excelência dos quais resultam este artigo: a conversa com Rui Cunha, Business Intelligence Specialist, no recinto da minha faculdade e onde o Rui tirou o mestrado, e a visita à empresa propriamente dita, onde dialoguei com a Marta Mendes e a Filipa Dantas.

Principiando pelo diálogo soberbo que estabeleci com o Rui, foi desde logo patente uma característica que o Rui demonstra ter: o espírito competitivo saudável, de desafio! “Os alunos devem ser saudavelmente competitivos e desafiarem-se a si próprios”. Não podia estar mais de acordo com esta frase, confesso. O Rui foi um excelente aluno, não só na licenciatura (em Computer Science) como no mestrado (em Business Intelligence). Nesse sentido, questionei-o acerca dos fatores críticos de sucesso. Referiu que um dos motivos fulcrais para tal foi a gestão de tempo: “A palavra chave é equilíbrio. Todos nós temos gostos que devemos saber equilibrar”. Assim, o Rui preferia sempre de manhã rever desde logo todos os conceitos que tinha abordado nas aulas e depois já podia desfrutar de outras atividades, com a sensação de dever cumprido. Outro fator importante foi sempre colocar fasquias altas e procurar sempre atingi-las, aliando esta ambição ao esforço e à dedicação.

Como resultado, o sucesso académico foi uma constante e como consequência foi convidado pelo departamento de Ciências e Tecnologias para lecionar uma cadeira. Adorou absolutamente a experiência, uma vez que teve que ser autodidata e teve a chance de partilhar conhecimento. Descreve esta fase como um desafio, pois em cada aula surgiam sempre questões diferentes o que só o motivava ainda mais. Mais tarde, optou por deixar esta vertente e rumar à consultoria.

“A experiência no mercado de trabalho é muito diferente do que é ensinado”, confessou-me o Rui. O “by the book” deixa de ser muitas vezes a melhor maneira de atuar, sendo que o fulcral é agir da melhor e mais rápida forma, constituindo este um dos grandes impactos da transição ensino-mercado de trabalho. É importante ter uma atitude de querer mostrar valor, não é ficarmos sentados à espera que nos digam para fazer algo mas agir em conformidade com as necessidades da empresa. Temos que procurar ser o jovem talento, ser proativos, ser “chatos” no bom sentido, investigando sempre e não desistindo de encontrar melhores maneiras de atuar. Esta, segundo o Rui, é provavelmente a maior ponte que se pode estabelecer entre o mercado de trabalho e a faculdade: é preciso sempre manter o bichinho de aprender para aplicar na prática. Devemos não tomar nada como adquirido, procurar pensar que temos mesmo que agarrar a oportunidade!”

Numa das empresas onde esteve na fase inicial da carreira, recorda-se dos fantásticos projetos internacionais onde esteve envolvido, que lhe permitiram trazer para Portugal outras perspetivas e outras ideias que mais tarde aplicou no seu trabalho. Deixa dois grandes conselhos: não há que ter medo de arriscar, afinal, “O medo de arriscar é a barreira que não nos permite atingir o sucesso! Quem se distingue dos demais não está na sua zona de confortoe devemos procurar realizar este tipo de experiências quando ainda somos jovens e não há compromissos. Mais do que tudo, diz o Rui, devemos sempre acreditar em nós: devemos sempre manter-nos eternamente insatisfeitos!

Quando o inquiri acerca dos desafios do mercado, o Rui foi pragmático: mais que os desafios técnicos, são os humanos os mais complicados. Devemos gerir as relações sempre mediante a pessoa que temos diante de nós, uma vez que cada um tem a sua forma de reagir perante certas situações, o relacionamento interpessoal é crucial no mercado. Na Mind Source, por exemplo, em termos de Talent Management, existe o IT Dev Training Talents, um programa de estágios remunerados que ainda oferece formação especializada e que regista uma taxa de retenção nos quadros da empresa na ordem dos 90%.

Relativamente à Mind Source e à visita à sede da empresa, posso dizer-vos que se trata, indiscutivelmente, de uma empresa muito jovem e orientada para o talento. Assim a comunicação é uma constante e daí que sejam muito promovidas as reuniões entre grupos de trabalho, para se discutirem os diversos projetos. É uma firma que aposta muito nos jovens e desde o início os acompanha a par e passo: existe um programa de Mentores, onde o Mentor segue o percurso inicial dos jovens, ajudando-os na integração na empresa e no seu percurso profissional. É, indubitavelmente, uma empresa onde a palavra proximidade assenta na perfeição: a relação com os consultores é uma constante, existindo um posicionamento muito próximo dos jovens, algo pouco típico no mundo da consultoria.
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Quanto a formação, a Mind Source aposta imenso nos seus consultores: todos têm um plano de formação anual, onde lhes são dadas as ferramentas para, mais tarde, executarem as tarefas. Quanto à mobilidade internacional, é sem dúvida uma das vantagens da empresa (de referir que a Mind Source tem escritórios no Brasil). Aliás, este aspeto corrobora uma forte característica desta entidade: apostam muito no desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, que trará benefícios comuns à organização. A título de exemplo, é notório o incentivo para as pessoas aprofundarem o seu conhecimento em temas de mercados emergentes, sendo inclusive instigados a escreverem artigos de opinião, que depois são publicados no site da empresa.

Mas não só se dão as ferramentas como se premeiam os resultados! Na festa de Natal (apenas 1 dos 3 eventos que ocorrem ao longo do ano, sendo os outros o aniversário da empresa e o sunset), existem diversas recompensas dadas consoante as performances apresentadas, tais como os prémios Consultor Revelação, Consultor Autonomia, Consultor  Liderança, Consultor Excelência e Gestor do Ano. Assim, a meritocracia é também um dos pilares desta instituição.

Quanto ao perfil tipo, valorizam-se pessoas dinâmicas, proativas e com muito interesse nos temas emergentes. É fundamental estabelecer bons relacionamentos com os clientes, sendo que o consultor deve saber agir em duas frentes: no local de trabalho, onde deve vestir bem a pele de consultor (ao nível de atitudes, apresentação e expertise) e na relação consultor-empresa, onde deve mostrar vontade em acrescentar valor à organização. Para que toda a instituição caminhe rumo ao sucesso, é essencial que os “craques” nas mais diversas áreas explanem o conhecimento com os mais jovens. Quanto a áreas de formação, as áreas de IT são as mais solicitadas, mas Gestão/Economia e as Matemáticas também podem ter as suas oportunidades (podem contribuir em Big Data, Data Science, entre outros). Sendo o símbolo da Mind Source uma peça de um puzzle, não é de admirar que essa ideia seja uma constante na empresa: toda a gente que faz parte da empresa é vital para que o puzzle fique completo, isto é, só com todos a trabalharem no mesmo sentido é que se alcançarão feitos incríveis!

Uma vez que um dos valores da Mind Source é a ambição, inquiri o Rui acerca de onde considerava que a empresa podia chegar. Segundo o mesmo, procura-se uma expansão cada vez maior, mas sem descurar a proximidade com os consultores que tão os caracteriza. Além disso, a consolidação em Portugal e o reconhecimento interno mantém-se como metas da empresa.            

Relativamente à responsabilidade social, na Mind Source há uma míriade de iniciativas, entre as quais iniciativas eco-friendly e campanhas para o Banco Alimentar. Quanto a eventos team-building, a Mind Source aposta fortemente nesta vertente, sobre o cunho “Mind Fun Life”: desde Office Sunsets, a workshops de Padel, a corridas e às galas de Natal, é evidente o reconhecimento pessoal constante nesta empresa.

Por um acumular de todas estas razões, o sucesso da Mind Source acaba por surgir naturalmente. Os prémios são vários mas eu gostaria de destacar que o que mais me impactaram são os diversos prémios que demonstram que a Mind Source é “Uma das Melhores Empresas para Trabalhar” ao longo de vários anos: fantástico! Para além das razões supracitadas para o sucesso absolutamente fenomenal desta empresa, existe ainda o contributo significativo da área de gestão de talento, que tem a cargo fazer o match entre as capacidades que há na empresa e as exigências dos clientes.


Já nos escritórios da empresa, fui recebido de uma forma esplêndida. Os escritórios eram soberbos, apelavam à criatividade e tinham grafismos inspiradores!
Ao longo desta tarde na empresa, conheci a iniciativa Mind Source Love, que procura aproximar ainda mais os colaboradores da empresa: durante o ano, cada colaborador tem um love gift para entregar a outro colega que se tenha destacado na empresa e 5 love badges, sendo que a pessoa que recebe o love gift pode escolher o que quer receber dentro de uma lista de Love Gifts disponível (por exemplo, uma massagem, um cabaz gourmet, ou simplesmente um cartão-presente Fnac, El Corte Inglés ou Decathlon). Todos os meses a Mind Source têm um chill out no escritório e existem vários grupo extra-trabalho (o Eco-Green, Fun life, etc) que unem ainda mais os colaboradores. Como se todas estas atividades não bastassem, a Mind Source ainda oferece aos seus trabalhadores o Mind Source Life, um benefício que inclui seguro de saúde, por exemplo.

À conversa com a Marta, a Marketing & Communication Junior Consultant referiu que aprecia imenso a parte humana da empresa. Afirmou ainda que o facto de haver muita partilha de experiências (através de palestras, conferências, workshops) é extremamente benéfico e motivador.

Já no diálogo com a Filipa Dantas, Marketing & Communication Manager, acabei por ter um overview geral da empresa: as suas grandes áreas de atuação são Governance, Development e Business Analytics, sendo que os clientes concentram-se sobretudo no setor da banca e dos seguros, seguido de perto pelo setor das telecomunicações. Cada vez mais procuram apostar em mais setores de forma a abranger ainda mais o mercado e os alvos são sobretudo os grandes players destas áreas. Atuam ainda em áreas como transportes, utilities e serviços.

Quanto aos parceiros, a Mind Source não procura marcas mas sim qualidade. Neste momento, o core-business é Portugal, mas também têm projetos noutras geografias, como o Brasil.

Quando questionei a Filipa acerca do segredo para o sucesso da Mind Source, destacou que o maior “asset” da empresa é indubitavelmente o capital humano, uma vez que no fundo, a Mind Source vende conhecimento. Esse conhecimento, nestas áreas de atuação, tem que ser continuamente trabalhado uma vez que o contexto de atuação é extremamente mutável e, por isso, parar de absorver conhecimento significa desde logo um atraso relativamente aos demais concorrentes. Daí que a Mind Source trabalhe muito a satisfação dos seus colaboradores, uma vez que há o sentimento de agir para com estes numa base de reciprocidade! Assim, é natural que o know-how da empresa seja elevado, fruto não só de um bom recrutamento como de um forte plano de formação. Ao longo do ano, nos diversos eventos internos que já referi, as pessoas podem sempre trazer a família, sendo que no fundo, se procura construir uma grande família. Afinal e como disse a Filipa “As pessoas são talentos e não recursos!: incrível esta maneira de olhar o negócio!

No fim deste dia fenomenal, a Mind Source ofereceu-me ainda uma pulseira da empresa, que desde já agradeço fortemente! Foi um gesto incrível e sem dúvida que foi o culminar de uma visita inesquecível! Este blog tem-me permitido conhecer profissionais e pessoas excepcionais mas, mais do que isso, tem-me permitido perceber que muitas vezes, o sucesso é apenas uma consequência da cultura/modo de atuar dos diversos ecossistemas empresariais, sendo que visitar a Mind Source corroborou completamente esta ideia.

Para finalizar, queria agradecer à Equipa Mind Source por este dia maravilhoso! Visitar a Mind Source foi sem dúvida uma fonte de inspiração para perceber como potenciar as mentes dos colaboradores numa empresa!

Até uma próxima leitura meus caros!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

10 Lições que aprendi após 1 ano da criação do meu blog

Há alturas em que se exige uma reflexão: esta é exatamente uma delas. Há 1 ano atrás, no dia 1 de Fevereiro de 2016, começava esta epopeia mágica que tem sido o meu blog “Discovering the Business World”. Praticamente quase toda a gente que me acompanha não conhece o porquê do meu blog ter surgido e queria começar por aí, antes de passar às lições.

A ideia de criar este conceito surgiu no Pitch Bootcamp (um acelerador de carreiras da Spark Agency, empresa na qual tenho a honra de ser Estagiário e Embaixador na minha faculdade, o ISCTE-IUL, que procura aproximar empresas ao talento jovem) e que cada vez mais procura ser o melhor acelerador de carreiras no mundo, no ISCTE, nos dias 27 e 28 de Novembro de 2015. Mais tarde, ultrapassada a minha primeira fase de exames, começaria esta fantástica viagem pelo mundo empresarial. Mas porquê? Porque quando me encontrava no Pitch Bootcamp reparei no enorme desfasamento entre estas 2 realidades (faculdade/mercado de trabalho). Lembro-me perfeitamente de olhar à minha volta e ver colegas meus de 3º ano de licenciatura completamente “perdidos”, sem rumo, para os quais os conceitos de “Entrevista de emprego”, “CV”, “Email de Follow-Up” e até “Linkedin” pareciam domínio da ficção científica.  Na altura, estaquei e pensei “Isto não pode continuar assim! É preciso haver alguma forma dos jovens como eu perceberem cada vez melhor a realidade das empresas de forma a que a transição faculdade-mercado de trabalho não pareça um autêntico pesadelo”. E, talvez imbuído pelo espírito que o Bootcamp transmite, pensei “Porque não tentar eu solucionar este problema?”. Claro que este blog nunca solucionará este problema na sua totalidade (nem perto disso) mas, se sentir que impactei a vida de apenas 1 jovem, então sentirei que terá valido totalmente a pena iniciar este projeto.

Mas vamos a factos: 12 meses volvidos, 12 empresas que já conheci e que já redigi o artigo respetivo, 2 artigos já “na forja” de 2 outras visitas que já efetuei, 1 artigo a título mais pessoal (com a finalidade do blog), 1 artigo com maior foco na carreira de um Business Developer e outras 2 visitas já agendadas. Assim, conheci 14 empresas de forma muito aprofundada, fiz amizades das quais me orgulho bastante, tive a sorte de ter sido sempre bem recebido e de ter conhecido seres humanos incríveis e, mais importante do que isso, o projeto continua com boas projeções de futuro! Fantástico!
Assim, e após vos ter transmitido esta introdução, passarei agora às 10 Lições que aprendi após 1 ano da criação do meu blog.

Quero só antes ressalvar que todas estas lições não representam de forma alguma “verdades absolutas”: são simplesmente conhecimentos que eu retirei e dos quais formulei uma opinião, mas, o aspeto chave a reter é mesmo esse, não passa da minha opinião. Seria até interessante perceber até que ponto os leitores concordam com o que foi escrito e convido-vos a deixarem o vosso feedback, seja na caixa de comentários ou diretamente para o meu email: dadql@iscte-iul.pt
  
Lição nº1- A abertura das empresas aos jovens

Como recordo, com saudade, na parede frontal da minha Escola Secundária, existe uma frase de Frei Rosa Viterbo que diz A ignorância [é a] origem de todos os erros”. Esta frase não se poderia adequar melhor ao mercado de trabalho, na minha opinião: existem atualmente muitos mitos e estes irão continuar a perpetuar-se se realmente não se perceber a veracidade (ou falta dela) por detrás destes. Um dos maiores é o seguinte: no mercado de trabalho, as empresas não estão abertas a receber jovens. Nada de mais errado! E o meu blog é a prova disso: passado 1 ano, já conheci 14 empresas (mais de uma por mês) e o número apenas não é maior porque concilio este projeto com os 2 projetos supracitados relacionados com a Spark Agency e a licenciatura em Gestão, na qual procuro manter uma média que me permita atingir os objetivos a que me proponho no futuro. Se há coisa que reparei é que as empresas estão mesmo dispostas a ouvir-nos, a receber-nos, por 2 razões:
  • 1.       Todos os empresários já foram jovens, tal como nós. E, se tiverem a sorte de conhecer boas pessoas como eu conheci até hoje, qualquer empresário terá todo o gosto em vos receber e em falar convosco, porque sabe que ele próprio adorava ter tido essa oportunidade. No fim do dia, não somos gestores, não somos Talent Managers ou Sales Executive. No fim do dia somos todos pessoas e, mais do que tudo o resto, os relacionamentos interpessoais serão os que irão sempre marcar-nos.
  • 2.       As empresas têm sempre o lucro como um dos maiores (ou o maior) objetivo. E ter lucro passa também por ter bom capital humano: para tal, as organizações têm que contactar com esse capital humano jovem, porque muito do seu sucesso no futuro passará por ele. Assim, porque não começar desde cedo a preparar o futuro e a contactar com os jovens? E reparem, o meu blog é apenas um ínfimo exemplo disto: hoje em dia há em todas as faculdades workshops, palestras, feiras de emprego, aceleradores de carreiras, existem open day nas empresas, entre muitas outras atividades.

Lição nº2- Criar e desenvolver um conceito novo

Até hoje, não conheço nenhum conceito que se assemelhe ao que preconizo no meu blog. Muito provavelmente existirão vários bastante parecidos no mundo e até em Portugal, mas eu pessoalmente não conheço. E daí que este blog me dê tanto orgulho, porque foi totalmente construído e desenvolvido unicamente por mim desde o início. No entanto, quando não temos um ponto de referência, algo que nos permita orientar, não é fácil começar. Daqui surge a minha segunda lição: quando fizerem algo verdadeiramente novo, que não conheçam algo minimamente parecido, confiem nos vossos instintos e experimentem! No início pouca gente acreditaria neste projeto. No entanto, nunca deixei verdadeiramente de acreditar e, mais do que isso, de trabalhar nele. E apesar de não ser nenhum ás (longe disso) em informática e de apenas me apoiar numa vontade genuína de aprender mais acerca do mercado de trabalho e num gosto inato pela escrita, dei o 1º passo e experimentei. Não sabia o resultado que iria atingir (como já repeti anteriormente em textos do blog, não sei mesmo onde é que este projeto poderá chegar, mas esse é sem dúvida um dos maiores desafios para mim!) mas experimentei e lancei-me à descoberta. Daqui nasce a minha 3ª lição.

Lição nº3- Não se acomodem num estado de não ação porque agir se revela “assustador”

Relembro-me perfeitamente da minha 1ª visita à empresa Life Emotions. Tinha um guião de perguntas comigo e pensei “Como é que isto irá correr?” Afinal, nunca tinha visitado uma empresa por dentro, pelo menos com o intuito de conhecer o seu modus operandi, os seus profissionais, entre outros aspetos, e tudo era incerto. Era um “simples” (e o uso do simples entre aspas será explicado mais tarde) rapaz de 19 anos, do 1º ano de faculdade, que mal conhecia ainda Lisboa e que se dirigia agora a uma empresa, onde iria conviver com uma realidade completamente diferente da que estava habituado. No entanto, nada disto me fez por 1 segundo querer voltar atrás. Assustador? Prefiro desafiante! Quando saímos da nossa zona de conforto (ou pelo menos a expandimos), o risco pode parecer elevado e por vezes parece tentador mantermo-nos na nossa rotina normal, mas a realização que retiramos do que fazemos é incomparável! Assim que saí da Life Emotions, senti-me mais realizado e mais capaz do que nunca! E felizmente essa sensação mantém-se sempre que termino a visita a qualquer instituição. Ideias boas todos temos. Pôr em prática é o mais complicado mas, se tiverem a vontade de o fazer, ninguém vos pára! O locus de causalidade está em vocês - Vão fazê-lo ou vão desejar tê-lo feito?

Lição nº4- As oportunidades não são fruto do acaso, temos que ser nós a criá-las (mesmo que sejamos “só” estudantes universitários)

O uso do “simples” na lição anterior e do “só” nesta lição, entre aspas, não é de todo despropositado. Eu acredito mesmo que um estudante de faculdade não é jovem demais para se envolver neste tipo de projetos. Muitas vezes falo com colegas meus acerca do contacto com o tecido empresarial e eles dizem-me “Ah, mas eu sou um simples rapaz/rapariga, porque é que as empresas vão querer falar comigo?” Isto é uma falácia que pode muito facilmente levar ao comodismo. Todos nós temos talento e todos temos uma história para contar. Daí que não haja uma “receita mágica” para o sucesso: cabe a cada um de nós olhar para si próprio, para o que futuramente quer alcançar e capitalizar as oportunidades que quer criar. E a palavra chave é criar: não é à espera sentados em casa que nos vão surgir este tipo de oportunidades ou outras quaisquer. Muitas vezes fui e continuo a ser abordado por colegas que me perguntam como é que consegui ter a coragem de falar com determinado profissional. Não se trata de ter coragem ou não, trata-se de perceber que, se for falar com a pessoa X ou Y, pode surgir algo daquela conversa ou não (ou seja, há 2 caminhos possíveis); no entanto, se não for, aí será certo que só haverá um caminho: nada acontecerá.

Lição nº5 – A pontualidade diz muito sobre nós. E nunca se esqueçam: não há 2 oportunidades para criar uma boa 1ª impressão

Fiz questão de chegar a todas as empresas até hoje sempre 5/10 minutos antes da hora combinada e assim o continuarei a fazer. Ser pontual sempre fez parte de mim e muitos colegas meus sabem que ando sempre com o relógio 5 a 10 minutos adiantado de forma a estar sempre nos locais antes da hora combinada. E vocês perguntam-se “Mas haveria mal se chegasses 5 minutos atrasado?” e a resposta é simples: não é uma questão de haver ou não mal, trata-se de ter brio. Para além disso, ser pontual contribui logo para uma 1ª impressão positiva. Algo interessante que reparei e que gostaria de partilhar convosco é que no business world a pontualidade é mesmo extrema: se combinava às 17H, a grande maioria dos profissionais que conheci vinham receber-me não pelas 16h59 ou pelas 17H01, mas sempre à hora exata. Afinal, tempo é dinheiro.

Lição nº6 – A média e a importância das soft skills

Apesar de cada vez mais ser uma ideia que está a mudar, ainda existe muito o mito que no mercado de trabalho só se olha à média. É complicado falar do mercado de trabalho no seu todo, mas, da minha experiência, e apesar de haver diferenças de setor de atividade para setor de atividade, o feedback que obtive na sua grande maioria aponta para o facto da média ser mais um elemento no CV, importante, mas não unicamente decisivo para a entrada no mercado. Isto é, uma média boa também deve ser complementada com atividades extra curriculares que permitam desenvolver soft skills (o oposto de hard skills, são skills que “se adquirem no terreno”), nas quais as pessoas desenvolvam competências, que mais tarde poderão aplicar no seu trabalho. No entanto, a média será sempre mais um elemento em análise. Diz algo sobre o indivíduo em causa e merece ser analisada, mas não é a única variável que vos permitirá alcançar o emprego que procuram.

Lição nº7 – Os pormenores fazem a diferença

Tive a sorte de contactar, até hoje, com muitos profissionais que direta ou indiretamente estão envolvidos no recrutamento das suas instituições. Uma das ideias que mais me foi transmitida por estes é a de que, como em tudo na vida, os pormenores diferenciam as pessoas. Desde um jovem abordar o seu primeiro emprego com uma postura humilde, colaborativa e de “team-player”, a demonstrar garra, capacidade de criar empatia e vontade de fazer acontecer, todos estes fatores irão contribuir para uma melhor e mais rápida adaptação à empresa. Estar sempre pronto a ouvir os colegas com mais experiência, mostrar vontade de aprender com estes e de continuamente ser melhor do que antes são tudo pormenores que contribuirão certamente para o sucesso de uma carreira. Na base do nosso sucesso está sempre a procura constante pela melhoria.

Lição nº8 – A sorte dá muito trabalho

Se há aspeto que me posso orgulhar do meu blog é o facto de me ter permitido contactar com excelentes profissionais, pessoas mesmo incríveis, que têm carreiras admiráveis e que valem mesmo a pena conhecer. Pessoas com as quais, em meros 15 minutos de conversa, sentimos que evoluímos exponencialmente, só pelos seus conselhos e histórias únicas.

Um dos aspetos onde sempre procurei mais incidir nas minhas redações foi na carreira destes profissionais inigualáveis. Mas porquê? Porque acredito fortemente que uma das melhores formas de ter sucesso no mercado de trabalho é aprendendo com quem já obteve muitos sucessos neste. Esta troca de experiências com as pessoas que me receberam e os conselhos que me foram transmitidos são de uma importância vital! Afinal, todos estes profissionais que hoje em dia singram na sua área de atuação já foram outrora jovens como nós, que passaram pelas mesmas dificuldades que nós passamos e que sentiram os mesmos receios que todos nós temos. Ninguém nasce ensinado, todos nós temos que aprender, por isso, haverá melhor do que aprender com profissionais com elevado know-how no negócio?

Lição nº9 – Conciliar diversas tarefas não é fácil, mas é tudo uma questão de prioridades

Neste último ano, estive envolvido em diversas atividades que já supracitei. Desde estagiar semanalmente na Spark Agency, passando por ser Embaixador da mesma empresa no meu campus, passando ao desenvolvimento do meu blog e à manutenção de uma boa média na faculdade, aprendi uma lição importantíssima: o tempo é mesmo finito. Por mais que queiramos e que seja possível estar envolvido em diversas atividades com bons resultados em todas elas, não é fácil gerir o tempo que devemos dispender em cada uma. Assim, percebi, com o avançar do tempo, que das coisas que mais me tem trazido sucesso tem sido gerir o tempo consoante as prioridades. E, mais do que isso, independentemente de estarem em 1,2,3,5,10 atividades, pela minha experiência, um dos pontos mais fulcrais para se ser bem sucedido é focarmo-nos unicamente em uma atividade de cada vez. Isto é, por exemplo, quando estiverem a estudar estão mesmo a estudar, sem distrações. Quando estiverem com os vossos amigos a relaxar e a conversar, estão concentrados nesse momento e desfrutam-no ao máximo. Obviamente que nunca será tudo tão exequível como planeado e, algumas vezes, tal como no meu caso, o que acontece é que acabo por dormir menos horas do que planeava. No entanto, tenho a sorte de precisar de poucas horas de sono para estar apto a aproveitar o dia a 100%. Lá está, isto não passa da minha experiência e, portanto, só posso garantir que comigo funciona na grande maioria das vezes. No entanto, pareceu-me pertinente partilhar convosco este meu modus operandi e, quem sabe, ajudar-vos a aproveitar ao máximo cada um dos 86400 segundos que compõem um dia.

Lição nº10- Os marcos existem para serem celebrados mas, mais do que isso, para estabelecerem uma nova base de partida

Ao fim de 1 ano, folgo em dizer que tenho bastante felicidade e orgulho quando olho para trás. Há 1 ano comecei este projeto sem qualquer base de referência ou sem qualquer aspeto por onde me pudesse guiar mas, ao fim destes 12 meses, fico muito feliz por chegar até aqui desta forma. No entanto, quem verdadeiramente me conhece, sabe que eu sou muito ambicioso. Procuro sempre aliar essa ambição às ações que tomo no dia a dia e, no próximo ano de blog, não será diferente. Espero mesmo conseguir aumentar o número de empresas cada vez mais, transmitir-vos histórias e retratos de carreiras absolutamente inspiradoras e, mais do que isso, criar impacto nas vossas vidas. Se tal acontecer, não terei dúvidas: este projeto é uma vitória.

Antes de terminar, tenho que destacar que este projeto só alcançou estes números porque, felizmente, tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis e empresas fenomenais. A todos eles, deixo um agradecimento em particular: à Inês Cabanas e ao Joel Reis que me receberam na Life Emotions, à Ana Villar Rosado, à Inês Passas e à Affinity, ao João Tavares da Silva que me recebeu na Olisipo, ao Luís Santos que me recebeu na Alpac Capital, ao Tiago Sampaio e à Jerónimo Martins, ao Filipe Castro Matos, à Ana Teopisto e à Lídia Cardoso do AKI Santarém, ao Daniel Santos da L´Oréal, à Ana Rita Madeira, Patrícia Valente e Sérgio Leote que me receberam na Glintt, ao Carlos Oliveira que me recebeu na Ericsson, ao Nuno Brogueira, Isabel Condeça e à Ana Costa Branco da Smart Consulting, ao Mário Ferreira que me recebeu na TLC Marketing e à Isabel Luna que me recebeu na Odisseias. A todos vocês, um enorme obrigado da minha parte! Sem vocês nada disto seria possível!

Ano incrível? Sem dúvida! Irrepetível? Nunca!

Até uma próxima leitura meus caros!