sábado, 24 de junho de 2017

David Cruz e Silva – Hack & Hustle e a capacidade de impactar empresas e pessoas

David Cruz e Silva - O percurso e a forma como este o levou a fundar a Hack & Hustle

Recentemente, tive a oportunidade de estabelecer um diálogo fenomenal com o David Cruz e Silva. Conheci-o no Verão passado via LinkedIn e começamos a dialogar, até percebermos que seria muito interessante realizar um artigo acerca do David e da Hack & Hustle para o meu blog “Discovering the Business World”. O David é um Innovator & Business Developer que partilhou comigo alguns insights que considero absolutamente valiosos, principalmente para qualquer jovem que tenha como objetivo um dia impactar o mundo/a sociedade/pessoas através de mudanças operadas com base no seu talento, conhecimentos e competências.

O David tem tido um percurso ímparLicenciou-se em Engenharia e Gestão Industrial na Universidade Nova de Lisboa. Mais tarde tirou duplo mestrado, em Engineering and Industrial Management, no IST (1 ano), e em Business Engineering, na Université catholique de Louvain (1 ano), tendo completado tanto a licenciatura como o mestrado com uma média fenomenal de 17V. A partir do 3º anocomeçou a estagiar na Novabase, estágio este que foi conciliando com os estudos. Estar na Novabase permitiu-lhe perceber a importância e o papel que se pode ter nas grandes empresas. Segundo o David, o valor de um recém-graduado é questionar e trazer uma perspetiva fresca à organização. É preciso ter uma atitude que demonstre sentido crítico, mas sempre com vista a aprender, diz o David.

De seguida, falamos de um aspeto que interessará sobremaneira aos meus leitores: o modo como o sistema de ensino e, nomeadamente, o ensino universitário está estruturado. Na opinião do David, na universidade há um foco demasiado grande nas hard skills (que se podem aprender sempre, a qualquer altura do nosso percurso) e não se olha o suficiente ao desenvolvimento das soft skills. O objetivo primordial, diz o mesmo, é os alunos aprenderem! No entanto, segundo o David, existem características fulcrais que se devem dominar quer sejamos um professor como um empresário, e até na esfera pessoal, e que muitas vezes não se encontram nas universidades. Um exemplo claro seria o desenvolvimento do chamado EQ (Inteligência emocional). Também deve partir dos alunos uma visão desta fase da sua vida diferente da que é perpetuada pela sociedade. Para o David estudar por estudar não serve de nada: não adianta fazer um curso sem um objetivo. É muito importante definir tudo o que se pretende, tal como se nós fossemos uma grande empresa: isto é, definir o nosso branding, a nossa visão, missão e propósito, porque afinal, quando se faz as coisas com um propósito, tudo tem outro sabor no final.

O próprio David corrobora esta ideia dizendo “Prefiro uma pessoa para a minha empresa que se calhar após o 12º ano viajou durante 1 ano para descobrir o que realmente gostava e qual era o seu fit no mercado e, em vez de fazer um curso, quando regressou até fez algo muito mais específico porque é aquilo que realmente gosta. Afinal, essa pessoa não terá horários, irá ter um engagement muito maior para com a empresa, irá partilhar as nossas ideias e, mais do que tudo, terá um propósito.” “É esse o desafio hoje em dia das empresas relativamente aos Millennialso engagement desta geração que tanto e de forma tão rápida teve as coisas que quis”.

De seguida, abordamos outro assunto, agora relacionado com o empreendedorismo e o mundo fascinante das startups. O David afirmou que ser emprendedor e estar numa startup, atualmente, é visto como algo “fixe”. “Mas depois, num recrutamento, as primeiras perguntas que fazem são sobre o salário ou sobre o tempo de férias... Isto não é ser empreendedor, é dizer-se empreendedorEmpreender é ter um shared purpose.”

Muita da visão empresarial preconizada pelo David assenta no facto de este acreditar que a capacidade do potencial não dominado por cada um de nós pode mudar o futuro. Confessa-se sentir sortudo por, desde muito novo, ter contactado com profissionais que lhe transmitiram a importância de ter paixão pelo que se faz! Assim, David Cruz e Silva procura ajudar as pessoas a encontrar o seu propósito e a estabelecer uma forma de o alcançar. Seguindo esta linha de raciocínio, no futuro, pondera vir a entrar no mundo do Coaching (sendo que o mundo do Venture Capital também lhe apraz bastante). “A partir do momento em que há paixão, não há nada que te pare! É preciso tomar as rédeas da nossa vida. Há desafios, há obstáculos, mas há algo muito maior do que isso: a paixão pelo que fazemos!

Como supracitado, o David esteve na Bélgica aquando do seu mestrado em Business Engineering, que considera muito importante para um Business Developer. Um Business Developer é um profissional que desenvolve os negócios das empresas, seja qual for a área: marketing, vendas, gestão de projetos, etc. Na opinião do David, alguém que procura ser um Business Developer deve ter na sua tool-box muitas hard skills: desde Contabilidade às Finanças, passando pelo Marketing, é importante sentir-se confortável em qualquer área para poder abordar os especialistas das mesmas e falar a “língua” deles.

Durante o seu duplo mestrado, começou a trabalhar pro bono (isto é, voluntariamente e sem remuneração). Contactou PME´S (Pequenas e Médias Empresas) e startups via Angel List, LinkedIn e Facebook, enviando-lhes o seu personal branding, referindo como iria atuar na empresa em questão e qual era o seu propósito, conseguindo uma carteira de clientes considerável. Realizava todo o seu trabalho para estes clientes via Skype, onde procurava mostrar valor e, mesmo para problemas para os quais ainda não possuía o know-how necessário (visto estar a estudar), como trabalhava de forma gratuita, pedia algumas semanas às empresas em questão para trabalhar nesses problemas até se sentir apto a resolvê-los. Estagiou ainda na Cyrpa, uma empresa que produzia e comercializava equipamentos para radioterapia.

Fundação da Hack & Hustle

Passado 1 ano e já depois de terminar o mestrado, enviou email às empresas onde desenvolvia o seu trabalho a dizer que a partir daquela altura o Business Development que faria seria pagoNesta altura, co-fundou a Hack & Hustle, sediada em Lisboa. Como alguns dos clientes para os quais trabalhava gratuitamente quiseram continuar a contar com os seus préstimos, desde início que a Hack & Hustle apresentou uma bom portfólio de clientes para os quais desenvolvia o seu trabalho. Assim, a proatividade de David Cruz e Silva permitiu-lhe criar a sua empresa e começar desde logo a desenvolver projetos.

No início, a Hack & Hustle era essencialmente uma empresa de execução e de suporte do ponto de vista de Business Development e foi uma autêntica escola ("melhor do que qualquer faculdade") para o David, porque lhe permitiu tornar-se muito conhecedor do mundo empresarial. Assim, o David nomeia os 3 aspetos que considera fulcrais para se ter sucesso como consultor:

  1. Tem que ser expert em alguma área e não generalista;
  2. Tem que ter uma estratégia forte de aquisição de clientes;
  3. É muito importante criar uma pipeline com uma lista de suspects, prospects, leads e customers, de forma a transformar possíveis clientes em clientes reais e concretos, isto é, de forma a aumentar a taxa de conversão de uma possível sinergia para um projeto real.
O trabalho desenvolvido com startups, o modo de atuação e as formas de gerar profit

Nesta empresa onde é co-fundador, muito do trabalho que o David desenvolve é com startups. Nestas, o David procura incidir na criação de valor, principalmente junto dos consumidores. Afinal, “O grande desafio das startups é como criar valor face a grandes empresas que tem 10x ou 20x o teu budget.

Mas qual é o modus operandi que tem estado por detrás do crescimento e do sucesso da Hack & Hustle? Tudo começa quando uma startup está a contratar, logo, quando há necessidade de certo tipo de competências para alavancar valor a algum projeto. Se as pessoas que estas startups estão a contratar são indivíduos com skills que o David ou a sua equipa possuem, o valor acrescentado de contar com a colaboração da Hack & Hustle é a solução multifacetada que a mesma providencia (porque em vez de ser uma só pessoa a fazer o trabalho é uma equipa de pessoas) e de forma mais barata do que normalmente custaria contratar 1,2,3 profissionais de áreas distintas.

O David já trabalhou com clientes provenientes de diversas partes do mundo, tais como Canadá, EUA, Hungria, França, entre outros. Com todos estes projetos, adquiriu imenso know-how que aplica na empresa e, hoje em dia, existem várias maneiras de gerar lucro para a Hack & Hustle, entre as quais:
  1. Continuamente aumentar a rede de networking, conhecer novas pessoas e dialogar com elas, surgindo daqui novas oportunidades de negócio. E, na mais comum das atividades mundanas, num simples café, pode surgir uma oportunidade de negócio. Recentemente, sentou-se com 2 indivíduos que conheceu via LinkedIn e um deles estava a lançar uma startup e confessava estar com alguma dificuldade na forma de abordar o mercado. Na hora, o David analisou o mercado e a empresa e disse ao seu colega o que considerava que este estava a fazer menos bem e onde podia melhorar. Esta free consultation teve um ótimo efeito no negócio do seu colega, cuja empresa se viria a tornar parceira da empresa do David.
  2. Fazer projetos internos e depois capitalizá-los e comercializá-los para o mercado.

O re-branding da Hack & Hustle - O propósito, a Visão, o consumidor alvo e as vertentes de atuação

Neste ano de 2017, a Hack & Hustle está a sofrer um re-branding. Este surge da necessidade de especialização da empresa, que dantes, funcionava como consultora para qualquer tipo de organização. Atualmente, procura funcionar como “Innovation House”. A origem da Hack & Hustle está correlacionada com uma frase de Peter Drucker “If an organisation is not able to innovate it faces decline and extinction”. Por inovação entenda-se: Implementar (e não pensar ou criar) uma nova solução para um problema e criar valor (tudo o que os stakeholders, tipicamente os clientes, estejam dispostos a pagar é o que se entende por ser valor)”. Atualmente, as diretrizes ao nível do Propósito e da Visão da empresa são:

Propósito – “Nós acreditamos em inovar para um mundo verdadeiramente sustentável. Inovação Responsável é a única forma de incorporar efetivamente a “Triple bottom line”: lucros (profits), pessoas (people) e ambiente (environment). A Inovação é crucial na sobrevivência dos Negócios  mas é também fulcral na sobrevivência do nosso estilo de vida, hábitos e até do planeta”.

Visão– Fortalecer organizações e indivíduos de forma a inovarem e a alcançarem um crescimento sustentável. Como? Fazendo-o num prisma de 3 vertentes:

·         O que é inovação?
·         Porque é que devemos inovar?
·         Como é que nós podemos inovar?

Mas qual é o consumidor alvo da Hack & Hustle? “Os nossos clientes são organizações que querem inovar. Desenvolvemos programas feitos à medida para cada um deles. O nosso foco está agora em corporates que para inovar precisam de ser tão ágeis quanto uma startup.”, afirmou David Cruz e SilvaAs 2 vertentes de atuação da empresa são:
  1.  A validação do projeto;
  2. O desenvolvimento do projeto.
A Hack & Hustle procura atuar sobretudo numa vertente de operacionalizar estes processos da melhor forma possível, mais do que atuar a nível estratégico (havendo, no entanto, casos em que atue nos dois níveis).


O Projeto mais recente - Blog Untamed Potential

De referir ainda que a Hack & Hustle criou recentemente um novo Blog, chamado Untamed Potential, que está focado na criação de valor para pessoas que estão a começar a aventura de serem empreendedores ou que querem um dia fazê-lo. Neste blog, o David partilha a sua experiência com startups e tenta ao máximo maximizar as hipóteses de sucesso dos leitores e minimizar os riscos. Tem insights valiosos e por isso, caso o queiram visitar, sigam o link: www.untamedpotential.com

A equipa Hack & Hustle

Por último, falta falar da equipa Hack & Hustle, que é constituída pelo David e pelo Cristovão, irmão do David, os 2 co-fundadores, e por uma investigadora na área da Biomedicina e lead investor com experiência internacional na Europa e América do Norte. A investigadora e o Cristovão (PHD em Física de Partículas, que já trabalhou no CERN, muito experiente em new product development nas áreas tecnológicas) têm elevado know-how técnico, sendo que o David, que é o CEOtraz muito know-how ao nível de gestão e da parte comercialÉ sem dúvida uma equipa que se complementa da melhor forma!

Conselho final do David e um ensinamento a retirar para o futuro

O David, no fim da conversa, deixou ainda um conselho aos meus leitores: “O mais importante é querer evoluir sempre, continuar sempre a tentar ser melhor, de forma humilde. Reconhecer sempre que há espaço a melhorar e que esse é um caminho fulcral ao sucesso”.

Foi realmente espetacular conhecer o David e toda a realidade da Hack & Hustle e, por inerência, conhecer sem dúvida ao pormenor o mundo das startups! É realmente interessante notar que esta oportunidade surgiu de um simples pedido de conexão no LinkedIn e, daqui, queria também deixar um conselho: por vezes, da mais ínfima conversa ou diálogo pode surgir uma oportunidade esplêndidaNunca ignorem/menorizem a importância de dialogar com alguém. Só se não o fizerem é que sabem que nada acontecerá. No entanto, se, por outro lado, o fizerem, tudo pode acontecerao limite, do outro lado, poderá estar sempre um potencial cliente/futuro colaborador/pessoa com a qual possam evoluirExperimentem!

Até uma próxima leitura meus caros!

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Gomobbi – Programmatic Mobile Marketing Agency

A empresa

Recentemente, tive a honra enorme de conhecer a Gomobbi, uma empresa que faz parte do maior grupo de Marketing Digital português, o WY Group.

O WY Group é uma holding especializada em Marketing Digital, tecnologia e criatividade e é constituído por 8 fantásticas empresas (sendo que tive a oportunidade de conhecer os escritórios de todas elas em detalhe), para além da Gomobbi, que conheci em pormenor. As 9 empresas (podem ver, nas fotos, 2 das restantes 8 empresas) são independentes e visam a criação de soluções dinâmicas em sinergia, que tragam elevado valor acrescentado aos clientes. De referir que os escritórios são absolutamente espantosos, com uma vista incrível para a praia (o WY Group localiza-se em Oeiras).


A pessoa que me recebeu e o ambiente da empresa

Tive o prazer de ser recebido pelo João Costa (que está à esquerda na foto em baixo), um jovem talentoso, muito proactivo e um grande amigo, que me mostrou as instalações das 9 empresas, sendo que, para além disso, apresentou-me a toda a equipa Gomobbi (que desde logo reparei ser extremamente jovem), bem como a um partner do Grupo. O João esteve a trabalhar na empresa durante 2 meses (uma vez que ainda está em mestrado e após esses 2 meses ia finalizar o mestrado em Vienna), como Business Developer e Account Manager. Basicamente, as 3 grandes funções do João eram: Get Clients (Business Developer), Keep (Account Manager) e Grow (as negociações propriamente ditas).

Todos os colaboradores da Gomobbi eram muito simpáticos e acessíveis e o ambiente que se respirava era de inovação disruptiva e de uma grande ambição em trazer resultados para a empresa, em fazer acontecer! Como trabalham em open space e, dado a visível ligação forte entre os elementos da equipa, o ambiente de trabalho torna-se muito estimulante, o que provoca uma excelente dinâmica entre todos. A Gomobbi divide o escritório com outra empresa do grupo, a Performance Sales, o que alavanca ainda mais o dinamismo entre todos.

CEO – O Percurso e a forma de trabalhar com a equipa, lado a lado

Em conversa com o Harold Navarro, CEO da Gomobbi (que está à direita na foto),  comecei por perguntar-lhe como era ser CEO de uma equipa tão jovem e tão visivelmente ambiciosa. O Harold, num jeito muito humilde, afirmou que era o CEO por ter mais experiência no ramo mas que considerava que, apesar de ter bastante know-how, na empresa estavam todos ao mesmo nível. O CEO desta entusiasmante empresa considera que, no negócio em que atuam, deve haver uma valorização muito forte da parte humana e deve-se procurar que as pessoas sejam felizes e que, mais do que tudo o resto, se procure impactar a vida dos colaboradores. Por esta razão, o Harold trabalha diretamente ao lado da equipa, na mesma mesa (algo pouco comum em Grupos empresariais desta dimensão). O Harold explicou-me o raciocínio por detrás desta maneira de abordar o negócio “Já trabalhei em empresas como a OLAmobile em que os chefes tinham os seus escritórios à parte da equipa. Curiosamente, nunca me esqueço de uma vez o meu chefe estar a discutir métricas na performance do pessoal e o chefe ter ficado “Como é que eu nunca soube disto?” e a razão era muito simples: por trabalhar num escritório à nossa parte, todos nós sentíamos que para ir falar com ele tinha que ser algo mesmo muito importante. O Harold finalizou o seu raciocínio, afirmando que, quando não se trabalhava lado a lado com as equipas, não existiam aquelas discussões de ideias naturais que ocorrem de onde por vezes surgem os melhores insights e daí adotar esta postura!

Quanto ao trajeto de Harold Navarro, este foi deveras peculiar: entrou na Lusófona, finalizou o curso de turismo e graças a uma conversa com um coordenador acabou por seguir uma veia operacional. “Mas o Erasmus foi um momento marcante: na Finlândia, fez-se um clique e senti-me em casa. Não foi possível fazer lá mestrado porque, na Finlândia, de forma a prosseguir mestrado, é necessário experiência no mercado de trabalho.” No Erasmus, viu-se envolvido em diversas formas de ensino outside of the box muito parecidas com o mercado de trabalho. Prosseguiu um mestrado em Bournemouth, Inglaterra, em Turismo e, um dia, quando foi a uma conferência de Marketing Digital, percebeu que era aquilo que queria.

Mais tarde, participou no INOV Contacto, um programa do Estado, para recém-graduados e recém-mestrados. Na altura, foi estagiar para Nova Iorque, uma experiência de onde retirou ensinamentos que lhe foram muito importantes. O Harold disse-me que Nova Yorque foi incrível, porque o mindset é totalmente diferente do que estava habituado e que o marcou imenso que todas as pessoas falassem umas com as outras, mesmo que não se conhecessem! Voltou a Portugal e conseguiu entrar na empresa pelo seu domínio muito forte do espanhol (que deriva do facto de este ser peruano). De seguida, saiu e mudou para outra empresa, foi freelancer em Munique na área de Marketing Digital e, mais tarde, Rui Marcelino (Head of Marketing e Partner da Performance Sales, outra das empresas do grupo, cujos escritórios podem ver na fotografia) convidou-o para vir liderar este projeto. O Harold estava muito alinhado com o Rui e entrou no fim de Dezembro. A Gomobbi já tinha existido anteriormente mas preferiu-se agora procurar reconstruir a empresa do zero, em torno de um projeto ambicioso, (e daí que a entrada de elementos na Gomobbi foi muito bem pensada, com vista a que todos eles entendessem e percebessem o impacto que podiam ter). O ano de 2017 foi todo pensado com objetivos mensais concretos e bem definidos, principalmente ao nível da Margem Bruta.

Modelo de negócio da Gomobbi

Usando uma analogia bastante pertinente, realizado por outro fantástico amigo meu que trabalha na Gomobbi, o Francisco Pacheco (que trouxe um know-how elevadíssimo para a organização, fruto de já ter trabalhado na indústria), imaginem aqueles grandes “placards” que estão dispostos nas ruas (nesta altura de eleições é muito comum ver-se). Existem empresas que alugam esse espaço dos placards para os políticos/empresas promoverem as suas ideias. Bem, a Gomobbi funciona como essas empresas, mas no online, isto é, alugam espaços para que as empresas possam promover os seus produtos. No entanto, a grande diferença para o exemplo que vos dei é que a Gomobbi só recebe dinheiro mediante os resultados que apresentar. É este o ponto fulcral: a Gomobbi recebe mediante a performance concreta que conseguir para os seus clientes.

A maior parte dos produtos promovidos pela Gomobbi é para Mobile Marketing. A Gomobbi tem produtos de clientes, clientes estes que querem adquirir users. O trabalho da Gomobbi é procurar o espaço online, adquiri-lo e usá-lo para os clientes e por cada user/por cada download (no caso de estar a promover apps, por exemplo) que conseguir concretizar para os parceiros com quem trabalha, recebe uma quantia. Assim, o que a Gomobbi procura criar é uma plataforma robusta para gerir as diversas campanhas dos clientes. É tudo  feito através de tecnologia e a Gomobbi é o intermediário entre os criadores de conteúdo (empresas como a TIMWE, por exemplo, destacam-se nesta vertente) e o consumidor final. Os produtos a promover podem ser wallpapers, aplicações, ring-tones, entre muitos outros. Além disso, a Gomobbi está ainda encarregue de fazer a parte de publicitação de aplicações (por cada download recebe uma quantia, como já referi anteriormente) o que demonstra que este modelo é muito baseado na reciprocidade isto é, a Gomobbi recebe mediante o que produz para o cliente. É entusiasmante esta maneira de olhar os negócios, é performance pura e dura, uma vez que a Gomobbi tem como retorno o que gerar ao cliente!

Dia a dia na empresa

Por tudo o que supracitei, isto é, por estarmos na presença de um modelo em que tudo é mensurável, há alguma liberdade para os colaboradores, tanto ao nível de horários, como ao nível de recompensas que os trabalhadores recebem mediante o que produzem (há uma parte muito variável no salário).

Experiência do CEO da Gomobbi e os próximos desafios da empresa

Quando questionei o Harold acerca dos grandes desafios que espera que o mercado lhe venha trazer, o Harold disse-me que, o que mais o preocupa neste momento é o facto da concorrência na procura de profissionais deste tipo de áreas mais tecnológicas ser cada vez maior.

Quanto à experiência, disse-me de uma forma muito clara e franca que vir para a Gomobbi lhe tem trazido muito valor acrescentado porque estão a criar uma empresa tecnológica do zero e que tem sido muito interessante e gratificante fazer parte do crescimento.

Para além disso, o próprio Harold têm a consciência que, caso o negócio apresente resultados, ficará com uma parte do negócio. É este um dos aspetos mais marcantes nas pequenas empresas: o impacto é fortíssimo, cada ação tem um efeito visível, cada pessoa alavanca imenso o negócio!

Futuro da Gomobbi

Na ótica do Harold, no futuro a Gomobbi será uma empresa 70% IT e 30% RH e Marketing. “Daí que seja muito desafiante para qualquer futuro colaborador vir fazer parte desta equipa e deste crescimento, porque pode vir fazer a Gomobbi atingir escalas inigualáveis! Entrar numa empresa que lida com o online e com este tipo de métricas (o valor que se traz para os clientes e para a empresa é muito fácil de se ver) é algo marcante.” Além disso, na Gomobbi, pude reparar que existe um apoio constante na ótica de possuir uma equipa com grande diversidade cultural, até porque, sendo os clientes de inúmeras geografias como a Índia, América Latina, entre outros, a diversidade cultural é um aspeto que traz muito valor acrescentado.

O negócio é claramente o Business to Business (B2B). Os clientes são claros partners do negócio e ajudam a Gomobbi a identificar lacunas de mercado. Outra parte da estratégia da Gomobbi consiste em diversificar, em termos de modelos de negócio a apresentar aos clientes. É uma win-win situation, uma vez que o lucro gerado é mútuo. É este um dos aspetos chave que a Gomobbi traz aos clientes, o facto de apresentar constantemente soluções diferentes do mercado e aplicadas à realidade de cada um.

Em termos de mercado, há muito espaço para crescer e muitas oportunidades para aproveitar. Do vasto conhecimento que o Harold tem, o CEO da Gomobbi acredita que a Gomobbi possui pessoas mesmo muito únicas que irão cada vez mais fazer a diferença.

Recrutamento e perfil tipo procurado

A lógica da Gomobbi é contratar mediante as necessidades. A equipa inicial foi fechada com 7 pessoas. No entanto, caso queiram seguir a Gomobbi e as suas oportunidades, a melhor forma de o fazer é através do seu LinkedIn (https://www.linkedin.com/company-beta/5134403/). Na altura em que visitei esta empresa incrível, o objetivo era claramente contar com pessoas para construir a base. No futuro, com a base já bem solidificada, o objetivo será construir cada vez mais e aí surgirão as oportunidades. Nessa medida, o que se procura são jovens, que tenham alma para desafios, sem medo de arriscar e que tenham a capacidade de ter uma visão estratégica do negócio.

Na Gomobbi, o traço mais crucial para realizar um bom trabalho é, mais do que expertise no IT, ter uma vertente analítica muito forte! Como estão no começo, todas as pessoas que integrarem a equipa têm que trazer uma visão estratégica, liderança e muita autonomia. É uma área muito mutativa e por isso a capacidade de se adaptar e de se reinventar é muito importante. “É a tecnologia que faz acontecer, há Ronaldos, há Messis, o que é preciso é um campo à altura (as plataformas)” disse-me o Harold.

Aspetos diferenciadores de trabalhar na Gomobbi

Um dos aspetos mais interessantes que a Gomobbi oferece é a mobilidade internacional, algo que é patente no próprio grupo. Para além disso, nesta empresa há um espaço enorme para a criatividade dos colaboradores. Aliás, muitas das ideias das novas empresas do grupo surgiram de pessoas que tiveram ideias de negócios e que as apresentaram ao Pedro Janela, CEO do grupo e o projeto “nasceu” mais tarde.

É notório ainda que a Gomobbi está muito próxima dos colaboradores, que tem um approachement completo. Há uma relação de proximidade, uma relação muito estreita entre todos.
Um dos aspetos mais diferenciadores é que, como é uma empresa recente e que quer crescer imenso, todo o know-how que futuros colaboradores tragam irá ser impactante. Há espaço para replicar as experiências positivas que já tenham vivenciado e tentar evitar o que viram de negativo.


Por último, referir que o próprio WY Group tem algumas regalias muito interessantes: lavagem de carro, serviço de mercearia e muitos outros aspetos, para além dos incríveis escritórios e salas de reuniões (como na fotografia).

Eu próprio, como passei todo o dia na empresa, tive oportunidade de desfrutar ainda de outras regalias: joguei ténis de mesa com 3 dos colaboradores, comi bolo da empresa trazido pelo João e consegui assistir ao desenrolar de um dia de negócios!

No final do dia, tive oportunidade de conhecer o Rui Marcelino, Head of Marketing e Partner de outra empresa do grupo, uma pessoa e profissional com um percurso incrível e com uns ensinamentos únicos. O que retive acima de tudo foi uma frase que o Rui proferiu “Eu não recruto empregados, recruto parceiros.” Incrível esta maneira de olhar o negócio!

Por fim, fui ao jantar da empresa de despedida do João, que foi absolutamente fantástico e que se revelou uma forma espetacular de terminar um dia memorável. Queria agradecer à Gomobbi e, em especial, ao João, ao Harold, ao Francisco e ao Rui pelo dia que me proporcionaram! Foi mesmo marcante conhecer um negócio tão baseado na performance pura mas, ainda mais marcante foi perceber que, mesmo neste negócio, o aspeto pessoal é muito valorizado e conseguem-se encontrar equipas destas, onde a união e o esforço em prol de um objetivo comum são visíveis!

Até uma próxima leitura, meus caros!