Quando
entrei na Smart Consulting, não pude deixar de me sentir acolhido. O espaço era
muito agradável e um “Smartie” (o Nuno Brogueira) foi especialmente simpático
comigo. Como é meu hábito, apareci na empresa 10 minutos antes da hora
combinada e falei com um indivíduo, o Vasco, que estava na última fase do seu
processo de recrutamento. A corroborar outras opiniões que já tinha tido acerca
desta companhia, o Vasco descrevia-me uma excelente firma. Sabem quando têm
elevadas expetativas acerca de algo e depois essa mesma coisa acaba por vos
desiludir? Pois bem, não foi este, de todo, o caso! A visita e, principalmente,
a conversa e os insights que a Isabel Condeça (que está à minha esquerda na
fotografia final) partilhou comigo foram absolutamente extraordinários!
Comecei
por abordar a função que a Isabel desempenha na Smart Consulting, HR
Development Consultant, e o que essa mesma posição implica. Todos os dias na
vida profissional de Isabel Condeça são diferentes, como esta relata com
natural entusiasmo. A sua principal meta é encontrar talentos para a Smart,
sendo ainda o suporte dos consultores e da equipa de gestão. Segundo a mesma, a
firma preza muito a ligação com os consultores, partindo da própria empresa a
iniciativa para manter tal relação. A Smart faz questão de ir aos escritórios
dos clientes onde estão os consultores e procura mesmo estar com os seus
colaboradores. Grande parte destas funções são desempenhadas pela equipa de RH
e pelos managers.
A
Isabel é uma das responsáveis pelo recrutamento na Smart e tudo o que esta
tarefa tem subjacente: ir à procura das pessoas certas e entrevistá-las
posteriormente, bem como construir uma base de dados repleta dos melhores
talentos. A principal ferramenta utilizada é o LinkedIn, onde procura os
indivíduos mais promissores, bem como referências. Na Smart, cada pessoa de RH
tem algumas funções diferentes. No caso da Isabel, da função fazem também parte
tarefas como ministrar workshops nas faculdades a jovens. A Smart Consulting, como
os leitores terão oportunidade de confirmar, aposta mesmo nas relações
interpessoais. Parafraseando Isabel “Não o fazemos por sermos fixes, embora o
sejamos. Fazemos para tentar criar um ambiente familiar”.
Esta
excelente profissional descreve a entidade em que labora como uma empresa
informalmente séria, na qual há rigor e onde sabem “separar bem as águas” entre
os momentos de descontração e a seriedade no trabalho. Um exemplo elucidativo é
a diferença entre as publicações no Facebook e no LinkedIn da Smart. No
Facebook é realçada a faceta mais divertida e mais descontraída da empresa. No
LinkedIn há maior rigor no que é transmitido ao público do outro lado do ecrã.
Outro exemplo ainda é o sentimento que os “Smarties” partilham por fazerem
parte desta instituição de valor: todos se sentem confortáveis nesta empresa,
mas nunca se desleixam no seu ofício! Aliás e, desenvolvendo este ponto, é de
referir que todos são muito preocupados com a competência do trabalho que
realizam e com a consequente imagem da empresa. Quando falam com alguém,
acontece de forma natural sentirem que estão a representar a ótima firma onde
laboram.
É uma
empresa que claramente está em crescendo e, por isso mesmo, sente agora a
necessidade de reforçar a equipa de Gestão e de Recursos Humanos. Segundo a
Isabel, “A política de recrutamento é como um namoro: precisamos de conhecer
bem a pessoa antes de ela entrar na família”. De seguida, Isabel Condeça deu-me
um exemplo deveras interessante, de um possível recrutamento: imaginemos duas
pessoas, a pessoa A e a pessoa B. O indivíduo A tem mais competências técnicas
que o seu “concorrente”; no entanto, o indivíduo B, apesar de possuir menos competências
a nível técnico, é dotado de mais soft skills. A Isabel afirma que na maioria
das situações a escolha recairá muito mais facilmente na segunda pessoa. Não
obstante, não se pense que na Smart se procuram pessoas pré-formatadas, antes
pelo contrário! Nesta empresa os RH estão cientes de que existem diferenças de
parte a parte, mas na Smart essas diferenças valorizam-se: o que importa é todos
fazerem parte de uma grande família!
Debruçando-me
agora sobre o percurso profissional da Isabel, ela licenciou-se em Jornalismo.
Sempre adorou, enquanto jornalista, que as pessoas lhe dissessem algo para o
qual ela não tinha feito perguntas, revelando uma veia de querer saber, querer
descobrir, mesmo sem inquirir nesse sentido. No entanto, mais tarde, optou por
sair da área por falta de horizontes. Entretanto, após tirar um certificado que
lhe permitia dar formações e de ter começado a trabalhar nesse sentido, começou
a sentir que gostava imenso do que estas formações (maioritariamente acerca de
comunicação, gestão de tempo e gestão de conflitos nas empresas) lhe ofereciam.
Admitiu que foi a decisão mais difícil que teve de tomar ao longo da sua
carreira porque, inicialmente, era difícil não ver esta deliberação como uma
desistência e não encarar esta tomada de decisão como baixar os braços. No
entanto, reconheceu que não estava a baixar os braços para si enquanto
profissional e foi isso que a fez prosseguir sem olhar para trás. Acima de
tudo, aconselha a que todos os jovens procurem dar mais importância à carreira
do que propriamente à área de formação. Afinal, fazer um shift-reset é um passo
que, por vezes, se tem de dar.
Nessa
altura, saiu do Alentejo e veio para Lisboa, apostando decididamente nesta
vertente. Ao fim de uma semana foi nomeada supervisora e, ao fim de um ano,
passou para formadora (na PT). No entanto, devido a uma reestruturação na PT, saiu
da empresa. Mais tarde, num jantar de amigos, ouviu falar de uma oportunidade
na Smart, que via com bons olhos. Apesar de nunca ter trabalhado na área de IT,
não desistiu desta chance e deu o seu melhor. Confessou-me que durante a
semana, após ter ido à entrevista, o nervosismo foi algo bastante presente,
como é natural.
Revelou
que, no início, a experiência foi assustadora por nunca ter estado ligada à
área das Tecnologias de Informação e que foram precisos pelo menos 6 meses para
se considerar minimamente confortável com as diversas questões técnicas que lhe
podiam surgir.
Na
atualidade, sente-se completamente realizada com a sua profissão, que lhe
permite falar todos os dias com pessoas novas e aprender com as diferenças de
cada uma (eram estes os fatores, aliás, que sempre a arrebataram no domínio do
jornalismo). Considera que, no meio em que labuta, a empatia é fundamental e
pode funcionar também como fator de retenção. Aprecia imenso aprender conceitos
novos e hoje em dia adora o IT. Afirma que, mesmo que lhe surgissem agora
oportunidades no mundo do jornalismo, já não voltava a esse campo.
Quando
lhe perguntei se seria necessário ser-se um expert na área tecnológica para,
atualmente, fazer parte da Smart Consulting, a Isabel foi perentória: não, de
todo. Acima de tudo, é preciso sim haver proatividade em querer fazer
acontecer. Ilustrando o que foi agora referido, no seu início na Smart, sempre
que lhe aparecia um nome de uma tecnologia nova, a Isabel fazia questão de
perguntar a especialistas na área, aos colegas, e de pesquisar. Afinal não nos
esqueçamos de um facto: a única pessoa que até hoje foi distinguida com dois
Prémios Nobel em categorias científicas diferentes (Física e Química), Marie
Curie, dizia “Nada na vida é para ser temido, apenas sim para ser
compreendido”. Aplicando esta declaração neste caso específico, não nos devemos
amedrontar por coisa alguma (nem que seja falta de conhecimento), devemos sim
procurar saber mais e ultrapassar esse desconhecimento.
Segundo
a Isabel, é preciso ter a noção que, nos dias que correm, as empresas é que têm
que ir procurar pelas melhores pessoas do mercado. Obviamente que a grande
maioria vêm até às instituições mas os que são realmente bons podem dar-se ao
“luxo” de serem eles a escolher. Na sua opinião, são três os fatores que hoje
em dia mais contribuem para a retenção da população juvenil: plano de carreira,
aposta na formação e aposta na evolução dos colaboradores.
Relativamente
ao posicionamento da Smart perante os jovens, e falando especificamente no
programa Smart Management Trainees, as características que poderão fazer com
que os leitores, no futuro, se diferenciem dos demais são: primeiro que tudo,
vontade em iniciar uma carreira com 3 vertentes, sendo estas a vertente
comercial, de recrutamento e gestão de carreiras e de oportunidades (sem dúvida
que não é uma tarefa trivial, é algo bastante complexo); em segundo lugar, os
candidatos terão que apresentar muita garra e, em simultâneo, é fulcral serem
pessoas goal-oriented, até porque terão certos desafios a atingir; para além
disso, qualidades como saber trabalhar sobre pressão (24 horas parecerão sempre
pouco), gestão de tempo e capacidade de saber gerir emoções são primordiais; e,
por último, é importante gostar de pessoas e saber o tipo de compromisso para o
qual se está a procurar entrar. A Smart não exige que os interessados tenham
muita experiência mas também não quer contar com alguém para simplesmente meio
ano. Têm objetivos de carreira muito bem traçados e todos sabem qual é o
caminho a seguir e que metas são necessárias atingir para se aspirar a voos
mais altos dentro desta firma (como podem ver no site da Smart, na parte do
Smart Progress, localizada no separador “Carreiras”), o que só realça a
transparência que abunda nesta casa. Todos, sem exceção, têm sempre por onde
crescer dentro desta incrível organização e todos têm um contributo especial a
dar a esta equipa. Quanto à própria evolução, esta é claramente possível e é
conhecida à partida, sendo que este programa recente (este ano foi a sua 2ª
edição) está estipulado para 9 meses. No entanto, se os objetivos forem
atingidos mais cedo e com sucesso, a pessoa começa de imediato a laborar na
Smart Consulting, como é o caso do João Oliveira, um trainee do ano anterior. O
João, que tinha como meta nos primeiros 5 meses ter uma equipa de 5
consultores, conseguiu, neste espaço temporal, uma equipa de 14 consultores.
Esse mérito foi reconhecido pela Smart e, presentemente, o João é mais um
elemento desta grande família. Mas, acima de tudo, o que os leitores devem
reter é mesmo a capacidade de fazer acontecer. Segundo Isabel Condeça, esse é
mesmo um aspeto essencial e é uma das filosofias preconizadas pela corporação.
Detalhando
agora mais pormenores acerca da forma como a Smart estrutura o seu negócio, das
3 grandes áreas de atuação (Outsourcing, Nearshoring e Project Management), a
empresa, apesar de procurar uma integração deste trio, tem como core business o
outsourcing, até devido à abertura do próprio mercado a esta área. Recentemente
começaram a apostar com maior incidência no Nearshoring e, no futuro, o
objetivo será ter os três campos de atuação no mesmo patamar. Na Smart, apenas
trabalham com as áreas de Engenharia de Telecomunicações e de Engenharia
Informática.
A
Smart tem um portfólio de parceiros fenomenal, de onde se destacam o BNP
Paribas, a TAP, a Accenture, a Alcatel-Lucent, a Deco Proteste, entre outros. Segundo
a Isabel, o “segredo” são as pessoas da Smart: são elas que fazem a diferença,
por serem profissionais com bom conhecimento técnico e, indubitavelmente, boas
pessoas. A Smart Consulting está na frente na forma de trabalhar e de lidar com
as pessoas: o fator diferenciador reside no relacionamento pessoal que esta
entidade constrói com os seus clientes. A Isabel classifica a Smart como um parceiro
incontornável de negócios, afirmando ainda que a organização onde labora busca
tornar-se a consultora mais confiável no mercado.
Nesta
magnífica companhia, quando envolvem um profissional na empresa, estão a
envolver, mesmo que indiretamente, a sua família também. Aliás e, como me
referi agora à família, deixem-me destacar uma iniciativa característica desta
organização que me pareceu “deliciosa”: no Dia da Criança oferecem presentes
aos filhos de todos os consultores, para além de existir um bolo recheado de
Smarties! Mas a valorização humana não pára por aqui! Todos os consultores têm
um dia ao longo do ano em que chegam ao trabalho e têm um pacotinho de Smarties
e um cartão personalizado a agradecer-lhes por fazerem parte desta grande
equipa! Que extraordinária valorização do capital humano! De referir ainda que,
para facilitar a comunicação interna, existe uma plataforma onde todos dialogam
(denominada Slack) sobre os mais diversos assuntos, desde trabalho até a um
simples “Bom dia!”. São realmente estes pormenores que fazem toda a diferença.
Abordando
agora o funcionamento do programa Smart Mentoring, basicamente consiste numa
iniciativa em que o business manager acompanha o consultor que acabou de entrar
na empresa. Recebê-lo na companhia, mostrar-lhe as instalações, ajudá-lo a
conhecer a equipa e fazê-lo sentir-se familiarizado são algumas das tarefas
desempenhadas por estes profissionais da casa. Desta forma, os “novatos” não se
sentem de forma alguma perdidos, conhecem os mais diversificados elementos das
mais variadas áreas e funções e começam, lentamente, a sentir-se parte da Smart
Consulting.
Em
termos de formação disponibilizada aos seus colaboradores, na Smart recorrem a
uma empresa externa. De 6 em 6 meses, há um questionário realizado a cada um
dos elementos da empresa. Dos resultados apurados, escolhem-se os mais
selecionados (normalmente, as áreas linguísticas aparecem no topo). Já a nível
interno, existem as Smart sessions (de mês a mês), que são realizadas numa base
mais informal. O tema é escolhido pelos colaboradores e tanto pode ser sobre o
trabalho que cada um exerce como sobre um hobby.
Internacionalmente,
o objetivo passa por ter a “pegada” Smart o mais mundializada possível, por
abrir o espetro de possibilidades, sendo que não se procuram cingir só à
Europa. Apesar de a Isabel concordar que é bom haver uma meta a atingir, também
considera que devemos procurar não nos focarmos em demasia no objetivo, de
forma a tentar suplantá-lo. Fazendo um paralelo com a faculdade, é como se
procurássemos “estudar para o 22”, isto é, delineamos objetivos altíssimos (e
até inalcançáveis) e vamos até ao nosso limite.
Para o
ano corrente de 2016, que tem sido e prevê-se que continue a ser um ano de
franco crescimento, o objetivo é faturar 6M de euros (mais 2M do que em 2015) e
aumentar o número de colaboradores em 3 dezenas, dos 110 atuais para 140. Para
além disto, as instalações irão ser ampliadas (a Smart vai ocupar também o
andar de baixo). Na Smart Consulting têm todos bem presente a ideia de que a
manutenção do ambiente será sempre um aspeto vital, independentemente do
crescimento. Aliado a este desejo, a identidade da empresa também se alicerça
em procurar manter a corporação o mais humana possível.
Numa
questão mais relacionada com a minha faculdade, a Isabel referiu que vê o
ISCTE-IUL como uma academia de referência, afirmando ainda que a Smart já
esteve presente no campus e que muitos ”Smarties” são ex-alunos da IBS (ISCTE
Business School).
De
realçar ainda que a Smart foi recentemente distinguida pela Junior Empresa IJC
(ISCTE Junior Consulting) devido ao capital intelectual que apresenta. Foram ainda
eleitos como a 11ª Empresa de Excelência no Trabalho em Portugal e, não há
muito tempo, alcançaram o 7º lugar em 209 empresas num estudo realizado pela
“Hapiness Works 2016”. Obviamente que o reconhecimento é sempre recebido de uma
forma agradável por todos, mas a Isabel referiu que o que realmente importa não
são os prémios mas sim estar a funcionar o modelo que a Smart aplica
diariamente na sua forma de estar nos negócios!
Por
último, gostaria de destacar que ainda troquei umas breves impressões com a Ana
Costa Branco (que está à minha direita na fotografia final), HR & Talent
Acquisition Manager e, do que falámos, deu para ver que estava em perfeita
sintonia com a Isabel, quer na simpatia demonstrada quer na forma como perceciona
a Smart Consulting e o futuro da empresa.
Por fim,
queria apenas destacar o quão significativa e gratificante foi esta visita para
mim! Foi seguramente uma iniciativa que me permitiu tornar-me mais Smart, a todos os
níveis! Um enorme obrigado às duas colegas que me receberam e aos restantes
“Smarties”! Muito muito obrigado!
Caso
queiram saber mais informações acerca da Smart Consulting, aqui fica o link do
seu site: http://www.smartconsulting.pt/
Até
uma próxima leitura meus caros!
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